Os contos que Maria da Paz conta já estão imortalizados nas páginas de seus quatro livros. Agora, quem vai ser imortalizada é a figura da jornalista e escritora, que no próximo sábado (7) tomará posse na Academia Sinopense de Ciências e Letras (ASCL) junto com outros oito futuros acadêmicos e com a nova diretoria da entidade. “Participar da Academia de Letras de uma cidade, estado ou país é um passo muito importante para quem se dedica à arte de escrever. Como escritora, sinto-me feliz e lisonjeada em poder fazer parte dessa entidade, criada há dez anos, para representar os escritores não somente de Sinop como também do norte de Mato Grosso. Ser membro da ASCL é um passo importante na carreira profissional como produtora de livros”, declara Maria, que escreveu os livros ‘Contos que conto’, ‘O Mundo Fantástico da Formiga Zaroia’,’ Mulheres que fazem história’ e ‘Homens que fazem história’.
Além de Maria, a terceira turma da ASCL será formada por Adilson Pacheco de Souza, André Biscaro, André Soares de Oliveira, Andréa Carvalho da Silva, Domingos Rodrigues, Marlete Dacroce, Micheli Favaretto e Ozório Ferrarezi, o Maestro Itapuã. “São pessoas que estão ligadas à literatura ou a ciência, com publicação de livros, artigos e teses”, explica o presidente da organização, Klaus Henrique Santos.
Com a nova turma, serão 28 imortais na academia ao longo de dez anos de existência. Klaus explica que a intenção é chegar a 40 imortais, cada um sendo fundador da cadeira correspondente ao número que ocupou inicialmente. Depois disso, como na Academia Brasileira de Letras, só será empossado novo membro com a vacância da cadeira, seja por morte ou desistência.
“Até chegar aos 40 imortais, a Academia lança editais anualmente para buscar novos candidatos. É requisito que o futuro membro tenha publicado livros, artigos ou que tenha titulações acadêmicas”, acrescenta Klaus.
A ASCL foi criada há dez anos para discutir ações que promovam as artes literárias, musicais e científicas. Mensalmente eles se reúnem na Biblioteca Municipal, que é sede provisória. Como, no mês passado, foi declarada entidade de utilidade pública estadual, a entidade sonha em ter uma sede própria.
Quem pensa em ingressar na academia só pensando vestir um fardão como na Academia Brasileira de Letras, pode desistir. Ou repensar seus conceitos, já que o traje formal da ASCL, aquele usado em cerimônias solenes, como as de posse e de saudade, é o Pelerine, uma capa que reveste o busto e confere a imortalidade. Até a cor tem uma explicação: o Marsala, que, segundo pesquisas dos acadêmicos, enriquece a mente, o corpo e a alma, emite confiança e estabilidade e, por ter um tom terroso, tem apelo universal.
A posse dos novos membros será no sábado às 19h30, no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat). A cerimônia é aberta ao público e a entrada é gratuita.
Haverá exposição de livros dos acadêmicos, apresentações culturais e a posse dos novos diretores para o triênio 2018/2020: Klaus Henrique Santos (presidente); Roberta Martins Nogueira (vice-presidente); Evaldo Martins Pires (secretário); Ireneu Bruno Jaeger (vice-secretário); Leni Chiarello Ziliotto (tesoureira); Rosana Varela (vice-tesoureira); Marieta Prata de Lima Dias (bibliotecária) e Josemar Nunes (vice-bibliotecário).