Nos próximos 15 dias devem ser concluídas as investigações contra os policiais militares acusados de formar grupo de extermínio em Juara (300 km de Sinop). Conforme o delegado Joaz Gonçalves, novas pistas surgiram, mas ainda não podem ser reveladas para não atrapalhar as investigações.
Na semana passada o delegado encaminhou o pedido de prisão preventiva de dois soldados, mas o pedido foi negado pelo juiz Douglas Bernardes Romão. O juiz alegou que as provas contra os policiais eram insuficientes. Após as acusações, os PMs foram afastados dos serviços de rua e transferidos para Sinop.
Os soldados estão sendo acusados de formar grupo de extermínio na região, já que uma série de execuções vem acontecendo em Juara, e uma das vítimas tinha contato com eles.
Dois homens, sendo um ex-presidiário, foram decapitados e tiveram os órgãos genitais arrancados. Duas ossadas foram encontradas próximas ao local em que um dos corpos foi encontrado, aparentavam ter levado quatro tiros na cabeça, cada. Outras duas vítimas também tinham sido executadas nas proximidades do local, alguns meses atrás.
A polícia começou a investigar os soldados após relato de testemunhas de que antes do ex-presidiário Ricardo Campos desaparecer, ligou para um dos PMs e saiu para encontrá-lo. Com a quebra de sigilo telefônico do soldado, constatou-se que ele tinha contato com Ricardo.
O comandante da PM, Roberson Dias Pereira, disse que devem aguardar as investigações e sindicância foi aberta para apurar os fatos.