A Polícia encontrou morto e enterrado em uma cova funda, o corpo do homem acusado de planejar a morte de José Pedro Taques, procurador público federal, quando ele ainda trabalhava em Mato Grosso. O cadáver do homem chegou a ser levado para o Instituto Médico Legal (IML), como Não Identificado (NI). Por pouco tempo. Trata-se de Juciney Teles de Amorim, o “Nei”, ou “Teles”, de 28 anos, ex-cobrador do empresário João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, atualmente preso no Uruguaio. Arcanjo é acusado de comandar o crime Organizado em Mato Grosso.
Atualmente “Nei” estava trabalhando, também como cobrador para uma fectoring, ligada a um grande grupo de lojas em Cuiabá. A morte dele está envolvida em um crime de “acerto de contas”, e um dos acusados é o cobrador Celmo Aparecido Rodrigues, também ex-funcionário de Ancanjo. Os dois trabalham juntos na mesma factoring atualmente.
O corpo estava enterrado em uma cova comum a cerca de 30 metros distante da pista da Rodovia Emanoel Pinheiro (Cuiabá-Chapada dos Guimarães, passando a ponte do Rio Claro, no sentido Capital interior.
Uma pessoa presa em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (MS), acabou denunciando o plano para executar o procurador Pedro Taques, apontando “Nei”, como um dos envolvidos. O caso chegou a ser investigado pela Polícia.
A delegada Ana Paula Frias, da equipe de investigações da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), conversou agora a pouco com a reportagem do Site 24 Horas News, quando confirmou a identificação do corpo e como os investigadores chegaram até o local na noite da última sexta-feira (16).
Conta Ana Paula, que a Polícia foi informada sobre a suposta localização do corpo por volta das 18 horas, quando uma pessoa ligou anonimamente, dando entre outros detalhes alguns pontos de referência para se chegar até o corpo, sepultado em uma cova funda.
“Nei”, segundo a delegada que fez a liberação do corpo e iniciou as investigações, foi morto, possivelmente na mesma tarde de sexta-feira com quatro tiros, possivelmente de revólver. As balas o atingiram na cabeça, no rosto e no peito, em cima do coração.
“Já temos um suspeito e pistas, mas ainda não sabemos exatamente quem, mas mataram o homem e depois enterraram o corpo. Depois alguém ligou anonimamente e fez a denúncia. Estão falando que esse rapaz tinha pasaagens pela Polícia, mas isso eu não posso confirmar”, disse a delegada Ana Paula.
Depois de fazer a liberação do corpo, a Polícia descobriu que “Nei” estava em companhia de um amigo de profissão e que os dois haviam saído no mesmo carro, um automóvel Corolla, de propriedade da vítima.
O carro foi localizado na manhã do dia seguinte, sábado (17), na casa de Celmo, no bairro Carumbé, em Cuiabá. Celmo fugiu e ainda não foi localizado pela Polícia.
Um primo de “Nei” contou para a Polícia, que na tarde de sexta-feira recebeu várias ligações do parente, contando que ele estava em companhia de Celmo e mais uma ou duas pessoas no mesmo carro. Todos estavam seguindo em direção a Rio Claro, na estrada que dá acesso a Chapada dos Guimarães.
As ligações telefônicas, quando a vítima chegou a falar para o primo que estava com medo de Celmo, o sumiço de “Nei”, encontrado morto, e do carro, localização na casa do principal suspeito, que ainda por cima também fugiu deu à Polícia, a quase certeza da participação de Celmo no assassinato, possivelmente um “acerto de contas encomendado”.