Mato Grosso está se tornando o centro das atenções. Depois da “Operação Sanguessuga”, que executou mandados de prisão contra vários empresários envolvidos no esquema de fraudes em licitações para aquisição de ambulâncias – e que respingou em vários deputados federais –, está sendo agilizada pela Polícia Federal mais duas ações semelhantes. E ambas prometem prisões de empresários e como tal integrantes da classe política. Uma delas envolve o transporte escolar. Investigações apontam um esquema considerável de transferência de dinheiro pública para empresas privadas.
Fontes envolvidas na operação ainda desconhecem os valores que envolvem o esquema. Acredita-se, no entanto, que sejam parecidas com o esquema de desvio descoberto por ocasião da “Operação Sanguessuga”. E o que é pior: causa mais indiganação, especialmente pelo fato de que a clientela atingida com a corrupção são crianças extremamente carentes, que vivem na zona rural, sofrem as piores coisas para se sentarem num banco escolar.
A outra operação vai atingir seis fronteiras, segundo esse influente investigador. Como tal, promete arrasar o esquema de contrabando na fronteira de vários estados. Especificamente, deve atingir o esquema de segurança: há desconfianças de facilitação.
Nos últimos tempos, Mato Grosso têm sido pródigo em operações bombásticas. E tudo começou com a desmontagem do esquema de crime organizado, com o fim do jogo do bicho e as atividades comandadas por João Arcanjo Ribeiro. Outra grande operação envolveu o esquema de licenciamento e esquema da madeira, a chamada “Operação Curupira”.