O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ainda não tem o resultado do laudo laboratorial que vai indicar qual tipo de herbicida foi causador dos prejuízos verificados em hortas e chácaras localizadas no perímetro urbano de Lucas do Rio Verde. Os danos nas plantas foram registrados no começo deste mês, quando a presença de manchas nas folhas de hortaliças, flores e até de árvores de vias públicas chamaram a atenção de moradores e de autoridades municipais.
A gravidade da situação levou a secretária municipal de Desenvolvimento Agrícola e Meio Ambiente, Luciane Copetti, a pedir um levantamento imediato da área atingida. Com base nas informações colhidas, ela reuniu-se com representantes dos pequenos produtores, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Agroambiental e também com técnicos do MAPA e do Indea, para serem tomadas as providências necessárias.
Segundo Copetti, não deu para concluir se os estragos teriam sido provocados por pulverização aérea ou por um outro tipo de equipamento de aplicação de defensivos. “Não descartamos a possibilidade de que a pulverização tenha sido realizada até a uns dois quilômetros do perímetro urbano e uma corrente de ar tenha ocasionado a deriva do produto”, declarou.
Além das amostras das plantas encaminhadas para análise, outra medida adotada foi o recadastramento das aeronaves particulares e de empresas prestadoras de serviço para que o Indea e a própria secretaria possam ter um controle dos vôos a partir dos relatórios que devem ser obrigatoriamente elaborados em cada aplicação de produtos químicos. “Os pilotos são treinados, conhecem a lei e devem responder se houver qualquer irregularidade”, advertiu.
Copetti disse que o Poder Público tomou todas as medidas cabíveis em relação ao problema e para evitar futuros transtornos. Ela ainda ressaltou que tanto a Secretaria Municipal de Saúde como o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) estão atentos e atuantes para garantir a segurança da população. Todas as iniciativas da administração pública foram relatadas na manhã de ontem, 18, durante a reunião realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde para tratar do assunto. O encontro teve ainda a participação de representantes dos chacareiros, da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE/MT), da Associação dos Docentes da UFMT e de uma bioquímica responsável pela análise da água fornecida pelo SAAE. “A reunião foi bastante produtiva e mostrou que todos estão empenhados em defender a saúde pública e esclarecer os fatos”, avaliou a secretária.