Nem o cansaço e a sede deram fim a rebelião iniciada na última quinta-feira, por 28 presos que estão na ala laranja do presídio Ferrugem em Sinop. O grupo está rebelado há quatro dias, mantendo três carcereiros como reféns, que foram rendidos quando serviam o almoço. Os presos apresentaram uma lista de reivindicações.
Até o momento apenas duas foram atendidas: visita quinzenal da comissão de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e que sejam feitos periódicamente exames de corpo de delito nos presos. Alguns alegam estarem sendo espancados. Eles ainda exigem a transferência de alguns detentos e que sejam liberadas as visitas íntimas nas celas. Mas a comissão que gerencia a crise, formada por PM, bombeiros, OAB e Ministério Público, não devem ceder.
Desde o início da rebelião os detentos estão sem comida, água e energia. Segundo a comissão, ninguém estava ferido.
Esta é a primeira rebelião no presídio de Sinop, que ainda não foi inaugurado, mas já comporta cerca de 190 detentos, transferidos da cadeia de Sinop, Lucas do Rio Verde e Cuiabá. A capacidade de lotação na unidade é de mais de 320 presos.