O delegado da Polícia Civil de Juara, Joaz Gonçalves, deve solicitar um prazo maior para a conclusão do inquérito sobre a possível formação de um grupo de extermínio no município, com a participação de policiais militares. Em entrevista ao Só Notícias ele relatou que as investigações deveriam ser concluídas neste mês, mas deve solicitar mais 30 dias.
O motivo seria que mais pessoas devem ser ouvidas e ainda estão sendo analisados os relatórios de quebra de sigilo telefônico e bancário, dos dois policiais acusados. As investigações iniciaram no mês de novembro, após a localização do corpo do ex-presidiário Ricardo Campos, que tinha ligações com os PMs.
Depois das acusações da polícia os soldados foram afastados e transferidos para Sinop. Mas, conforme o delegado, já retornaram ao município. Ele chegou a solicitar a prisão preventiva dos PMs, mas foi negada pela juiz Douglas Bernardes Romão.
As suspeitas de formação de grupo de extermínio surgiram devido as semelhanças em uma série de assassinatos na região, que aconteceram na época. O corpo do ex-presidiário foi encontrado sem cabeça e com os órgãos genitais arrancados. Mesmas características de outro corpo de um homem, encontrado na região.
Duas ossadas também foram encontradas próximas ao local onde o corpo estava, possível local de desova. Outras duas vítimas tinha sido executadas nas proximidades, alguns meses antes.