A Polícia Civil concluiu e entregou hoje, ao Judiciário, o inquérito policial que encerra a terceira fase de uma série de investigações realizadas pela Polícia de combater ao tráfico de entorpecentes no Estado de Mato Grosso. Na terceira fase das investigações, a polícia indiciou pelos crimes de tráfico, associação para o tráfico e custeio para o tráfico, cinco pessoas. Wilber Martins Rodrigues, apontado pela polícia como o chefe da quadrilha, Edson José da Silva e Joseliano da Silva, funcionários do traficante e a ex-escrevente do Poder Judiciário Beatriz Árias Paniaguás, e uma quinta pessoa que ainda será presa. Os três traficantes foram presos na operação ‘Gaiola’, realizada pela polícia no mês passado. Dois estão presos e um é foragido da justiça.
Beatriz Árias foi indiciada, no inquérito, por associação ao tráfico. Todos já estão com prisão preventiva decretada pela justiça.
O delegado titular do Cisc Sul Pedro Frederico Antunes, explicou, durante entrevista coletiva, que as investigações da polícia de combate ao tráfico de drogas iniciaram em abril com mega operação “Primavera Branca”. Dessa operação surgiram outras três: Escuna’, ‘Cabral’ e ‘Gaiola’. O saldo foi à prisão de 18 pessoas, sendo um menor de 18 anos.
“Essa é mais uma fase que concluímos. Reunimos fortes elementos que comprovam a ação criminosa dessas pessoas, não só em Mato Grosso, mas com reflexos em outros Estados”, disse Antunes.
No curso das investigações, iniciada há mais de cinco meses, a polícia descobriu que Beatriz tinha ligação com o crime organizado, especialmente com traficantes presos no Estado de Mato Grosso. Documentos e objetos pessoais apreendidos na casa de Árias, no início deste mês, durante a operação ‘Artemis’, além de outras provas colhidas nas investigações, ligam a ex-escrevente com os traficantes.
Wilber é apontado pela polícia como principal fornecedor de drogas para o traficante Sebastião Lauze de Amorim, o “Dandão”, que também está preso no Pascoal Ramos. ‘Dandão’ atuava na região do bairro Osmar Cabral e foi detido em agosto deste ano, na ‘Operação Cabral’. Com ele foram presos cinco pessoas.
Além de Mato Grosso a quadrilha liderada por Wilber Martins atuava também nos Estado de Goiás, Minas Gerais e Bahia. Dentre o patrimônio do traficante estão diversas propriedades rurais e urbanas, a maioria em Goiás.