A comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembléia Legislativa recebeu investigadores e escrivães para discutir sobre a paralisação da categoria em Mato Grosso, que já dura três dias. O presidente da comissão, deputado Walter Rabello (PP) e membro Zé Carlos do Pátio (PMDB), ouviram as reivindicações da classe, que parou todos os serviços de apuração de crimes e registros de ocorrências em Cuiabá e no interior, até diligências para atender casos de homicídios.
“Entendo que o melhor caminho é o diálogo e vocês devem continuar a negociação com o governo e o movimento não deve parar”, explicou Rabello. A expectativa dos grevistas é de que no domingo, o movimento se fortaleça na capital com a chegada de comitivas de investigadores de todos os municípios.
O presidente do Sindicato dos Investigadores (Siagespoc), Clédison Gonçalves, disse que a categoria decidiu não aceitar mais que suas reivindicações continuem sendo “empurradas com a barriga” pelo governo. “Acreditamos no apoio dos deputados, pois essa é a casa do povo, e o governo não deve deixar de atender um direito nosso”, admitiu o presidente.
De acordo com Clédison, há dois anos, os investigadores vêm discutindo a reestruturação salarial sem nenhum resultado positivo. Durante o encontro, a categoria entregou um documento à Comissão de Segurança com todos os relatórios e a proposta que foi encaminhada ao governo estadual, inclusive com o termo de compromisso assinado pelos secretários, de Administração Geraldo de Vitto e, de Segurança Pública, Carlos Brito.
Na avaliação de Zé do Pátio, esse movimento é organizado e “tenho uma preocupação muito grande com a questão da segurança pública e acredito que a negociação deve ganhar força nos próximos dias”, avaliou o parlamentar.