Ontem, no final da tarde, o delegado regional de polícia, João de Morais Pessoa Filho, reuniu a imprensa local e falou sobre as linhas de investigações que estão sendo seguidas pela polícia. O delegado informou que está trabalhando em cima de pistas e indícios que podem levar à identificação e prisão do suspeito de ter cometido os crimes.
De acordo com o delegado, o trabalho dos investigadores evoluiu bastante ontem após terem sido ouvidos amigos, parentes e testemunhas que presenciaram as execuções e, baseado nisso, foram solicitadas diligências do Serviço de Inteligência, inclusive na capital Cuiabá.
O delegado confirmou que, apesar da aparente cena de triplo latrocínio, a polícia trabalha com a hipótese de crime encomendado.
João Pessoas disse que solicitou exames do local do crime, perícia no veículo, exame de necropsia e coleta de projéteis que se alojaram nos corpos das vítimas.
No local, a polícia encontrou uma cápsula calibre 38 que foi enviada para perícia, para se comprovar se realmente saiu da mesma arma utilizada no crime.
Até o começo da noite de ontem, o delegado Antônio Carlos Araújo já tinha ouvido sete pessoas, incluindo o ex-namorado da pró-reitora Soraiha Miranda, com quem ela teve um relacionamento durante cerca de dois anos. João Salgado se apresentou com um advogado, prestou depoimento e foi liberado. O delegado continua as suas investigações.
Por determinação do Ministro da Justiça, Tarso Genro, a Polícia Federal entrou nas investigações e instaurou um inquérito Policial Federal para investigar as circunstâncias das mortes dos servidores federais que estavam a serviço e ocupando um veículo de propriedade da União.
Os delegados federais Alex Sandro Biegas e Cristian Lages mandaram lacrar as salas onde a pró-reitora e Luís Mauro despachavam no campus da UFMT.