A polícia descobriu que o bebê de sete meses, seqüestrado na última quarta-feira, em Cáceres, seria levado para fora do país. A seqüestradora, uma mulher de 25 anos, confessou que receberia cerca de R$ 60 mil pela venda do menino. Antes que a negociação fosse concretizada, a polícia localizou a babá e a criança em um quarto de uma quitinete, localizada na região central da cidade.
Segundo o delegado Rogers Elizandro Jarbas, responsável pela lavratura do flagrante e pela continuidade das investigações, a babá revelou que tinha três possibilidades de enviar a criança ao exterior. Dentre elas, o menino seria levado de ônibus até Rondônia e de lá encaminhado a Portugal.
“De ônibus até Rondônia, e pra isso já tinha passagem, ou iria para Cuiabá de avião e de Cuiabá seguiria para Rondônia ou ainda uma pessoa viria buscar a criança aqui”, ressaltou o delegado.
Em interrogatório a seqüestradora admitiu que suas irmãs, ajudaram a planejar o seqüestro e dariam cobertura, caso a polícia descobrisse. As três irmãs, naturais do Estado de Rondônia, moravam juntas em Cáceres há seis meses e trabalhavam em residência de famílias com crianças pequenas. Elas foram autuadas por crime de seqüestro.
A babá contou ainda à polícia, que em 2004 teria seqüestrado uma criança na cidade de Rolim de Moura (RO), com o mesmo propósito, mas não disse o desfecho do caso.
Conforme a polícia, ela já havia antes planejado o seqüestro de outras quatro crianças no município, porém o plano acabou não dando certo. Revelou ainda que costuma dopar as vítimas para efetivar o crime.