Policiais militares de Goiás e de Mato Grosso começam nesta semana a usar pistolas que disparam descargas elétricas para render suspeitos. Os dois Estados são os primeiros a adotar o equipamento na segurança estadual, segundo a fabricante, que considera a arma não-letal. Entidades de direitos humanos, no entanto, criticam a pistola.
Conhecida como Taser, a arma, fabricada nos Estados Unidos, dispara dardos que, ao atingir o corpo, provocam uma espécie de choque que paralisa a vítima por 30 segundos. O projétil atinge alvos a até dez metros de distância.
Em Goiás, a polícia recebeu 42 pistolas. Em Mato Grosso, cem armas foram entregues. O gasto dos dois Estados foi de R$ 535 mil. O governo federal ajudou a bancar os custos. Por enquanto, apenas guardas prisionais e grupos de elite, como o Bope (Batalhão de Operações Especiais) de Mato Grosso, vão utilizar o equipamento.
As polícias afirmam que a pistola vai reduzir o número de mortes em confrontos e evitar casos de feridos por balas perdidas. Guardas municipais de três cidades de São Paulo e uma do Rio Grande do Sul já utilizam o equipamento, segundo a empresa fabricante. A polícia do Senado, em Brasília, também já usa o dispositivo.
Em Araçariguama (50 km a oeste de SP), primeira cidade a adotar o dispositivo, o prefeito recebeu a descarga em uma demonstração para os moradores, feita há um ano.