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‘Maníaco da Gleba’ confessa 4 assassinatos em Sinop

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O juiz substituto da segunda vara criminal da Comarca de Sinop, Leonardo Pitaluga, marcou para o próximo dia 14, a partir das 8h, as audiências com testemunhas de acusação do processo de Emerson Garcia de Luca, 24 anos, acusado pelo assassinato de cinco pessoas na Gleba Mercedes V (80km de Sinop), entre o final de julho e o início de agosto. Até o momento não foi confirmado o total que será relacionado pelo Ministério Público.

Ontem, Emerson foi ouvido pelo magistrado. Ele declarou que a morte de um homem, identificado apenas como Baiano, e cujo corpo fora jogado no rio Teles Pires, aconteceu cerca de quatro dias antes do assassinato de Adão Fernandes de Souza, 42 anos, Debrair Antônio Ribeiro, 47 anos e Josuel Pereira Maço, 48 anos. Emerson também reafirmou que na morte de Baiano agiu com a participação de Amilton Vilar Borges, que também está preso.

Ele disse ao juiz que Amilton e Baiano (também conhecido como ‘Grande’) haviam se desentendido e, quando chegou no barraco, às margens do rio, ambos estavam discutindo. No depoimento foi mencionado que “Quando entrou no barraco, Amilton pediu socorro, tendo o interrogando imediatamente segurado a mão do Grande, que segurava uma faca e estava prestes a cortar o pescoço da Amilton; afirma que deu um soco, utilizando-se de um soco inglês, no rosto do Grande; afirma que em seguida Grande se levantou e foi para cima do interrogando; o interrogando afirma que para se defender pegou uma enxada, que estava próxima ao interrogando e encostada na parede do barraco, e atingiu o peito do Grande”.

Emerson também confirmou ao juiz as circunstâncias em que Adão, Debrail e Josuel foram mortos. Contou que ele havia saído de casa para procurar serviço quando encontrou Adão, que o convidou para ir ao rio pescar e beber. Em um pesqueiro encontraram Debrail e Josuel. Os quatro sentaram-se e começaram a beber. Em determinado, conforme o depoimento, Debrair teria ameaçado Emerson por ter matado um homem na balsa (que Emerson acredita ser Baiano). Segundo o acusado, Debrail tentou agredi-lo com um facão, e para se defender pegou uma espingarda próxima e atirou, acertando no rosto.

Os outros dois homens acabaram mortos com golpes de facada. Das cinco mortes em que é acusado, Emerson relatou ao magistrado não ser o responsável pelo assassinato de José Cavalcanti da Silva, 58 anos, encontrado na própria residência, na Gleba. Negou e disse ter confessado sob forte pressão e agressão por policiais.

Depois que os três homens foram mortos teria pego uma carona com um outro homem e ido ao sítio de José e lá encontrado-o morto. “Ao chegar no sítio, por volta das 12:00 às 13:00 horas, chamou pelo Sr. Zé (José Cavalcanti); como não atendeu o seu chamado e por estar com muita sede chegou próximo a casa e viu o corpo do Sr. Zé estendido no chão dentro da casa; o interrogando afirma que foi verificar se o Sr. Zé estava morto; após constatar que o Sr. Zé estava morto, saiu correndo e foi se esconder no mato localizado a aproximadamente 1.000 metros da casa do Sr. Zé”, cita o depoimento. Cita ainda que “o interrogando afirma que somente confessou ter matado José Cavalcanti por ter sido espancado por policiais na delegacia”, acrescentou.

Emerson também responde por outro homicídio ocorrido na gleba há cerca de três anos. Outras testemunhas de acusação serão ouvidas em novas datas a serem determinadas pelo juiz.

Três inquéritos para apurar as cinco mortes foram instaurados e concluídos pela polícia.

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