O delegado de Polícia de Civil, Flávio Stringueta, aguarda a quebra de sigilo telefônico dos acusados do latrocínio de mãe e filha, ocorrido no último dia 29, para concluir o inquérito. Segundo ele, a quebra foi autorizada, em regime de urgência, pela Justiça local.
Stringueta pretende confirmar a participação de cada um dos quatro envolvidos no crime. Acusado de ser o mentor, Rodrigo Lemes de Almeida (Bob), se suicidou, dois dias após ser preso. Mas, em depoimento, apontou outros dois comparsas de terem participado no planejamento do roubo e de terem dado as ordens, via telefone, durante a execução.
O outro acusado teria auxiliado Bob na fuga, depois que deixou o carro com os corpos da empresária e da filha, próximo da igreja matriz. Os três estão presos na penitenciária Ferrugem, em Sinop, mas negam participação. Com a quebra de sigilo, Stringueta pretende confirmar se realmente eles tiveram contato com Bob, no momento do crime, e qual a freqüência das ligações.
O filho da empresária, de 14 anos, que também foi baleado, mas sobreviveu, confirmou que Bob agiu sozinho e atirou nele e em sua mãe, mas que mantinha contato telefônico com outras pessoas, por várias vezes.
Relembre o caso
A empresária Marlene Girardi, 34 anos, foi abordada quando chegava em casa, com sua filha Isadora, de 5 anos, pelo acusado Bob. O outro filho dela já tinha sido amordaçado, quando chegou da escola. Após pegar o dinheiro que estava no cofre, R$ 2 mil, Bob teria levado mãe e filhos até o distrito de Primaverinha, a cerca de 30 km da cidade, onde atirou na empresária e no adolescente.
O garoto foi deixado no local, sendo encontrado somente no dia seguinte, baleado. Os corpos de Marlene e de sua filha, que morreu asfixiada, foram abandonados no porta-malas do carro, próximo da igreja matriz.