Durante o primeiro semestre deste ano, as Polícias Civil e Militar realizaram de forma integrada 58 operações visando ao combate à violência e à criminalidade em Mato Grosso. Nesse período foram instaurados 9.049 inquéritos policiais, registrados 85.454 boletins de ocorrência, realizadas 5.309 prisões e cumpridos 775 mandados de prisão.
Ao fazer um balanço da atuação do aparato de Segurança Pública nesse período, em todo o Estado, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, disse que a atuação integrada é uma forma encontrada para fazer frente as dificuldades que representam a falta de estrutura e efetivo.
“A ascensão da violência e da criminalidade no Estado resulta de diversos fatores, entre os quais o crescimento demográfico urbano e a ineficiência histórica das políticas públicas de uma forma geral, no combate à fome e à miséria bem, como a ausência de programas voltados à formação moral e educacional dos jovens”, salientou o secretário. Para ele, resultados positivos no enfrentamento da violência e da criminalidade só serão alcançados através de ações planejadas e transversais das várias áreas dos governos federal, estaduais e municipais.
Para Carlos Brito, o trabalho dos serviços de inteligência das Polícias Civil e Militar levantando os problemas, determinando os focos de criminalidade e as ações a serem executadas através de um planejamento estratégico, é um dos fatores positivos no sucesso das operações realizadas de janeiro a julho deste ano.
Neste primeiro semestre, as operações tiveram como foco o combate ao tráfico de drogas ilícitas, o desarmamento, o combate à exploração sexual infanto-juvenil, crimes contra o meio ambiente, contra o patrimônio (roubo e furto de veículos automotores; contra roubo a bancos), contra a administração e a ordem tributária.
O uso e o tráfico de entorpecentes são considerados pelas polícias como uma das principais causas dos homicídios, roubos e furtos motivando ações emergências no sentido de coibir esses delitos.
Para coibir essa prática, durante o primeiro semestre foram realizadas 26 operações na grande Cuiabá e em todas as regiões do Estado. No total foram lavrados 440 autos de prisões em flagrante delito sendo 341 deles no interior do Estado e 99 na capital. Resultado dessas operações, 600 quilos de substâncias tóxicas e entorpecentes foram incinerados em Cuiabá.
Em relação ao desarmamento, outro fator agravante, foram lavrados 618 autos de prisões em flagrante delito por porte/posse de arma de fogo, 439 delas no interior do Estado e 184 na capital, culminando com 768 apreensões. As operações foram realizadas pela unidades policiais de Cuiabá e Várzea Grande, Alta Floresta, Alto Araguaia, Barra do Garças, Cáceres, Diamantino, Juína, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, São Félix do Araguaia, Sinop e Tangará da Serra. Segundo dados da Gerência de Armas e Munições da Polícia Judiciária Civil, foram apreendidas em Cuiabá e Várzea Grande 196 armas; em Rondonópolis, 125; em Sinop, 125 e em Diamantino 52 armas.
O combate à Exploração sexual infanto-juvenil foi outro foco das polícias neste semestre. Nove operações foram realizadas em Cuiabá, Várzea Grande e em todas as regiões do Estado.
Os crimes contra o meio ambiente levaram o aparato policial a realizarem três operações, “Jungle”, em Peixoto de Azevedo; “Ouro Negro” em Barra do Garças e “Guilhotina”, em Sinop, Alta Floresta, Cuiabá e Tangará da Serra, na qual participaram as Polícias Civil e Militar, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Ministério Público e Judiciário. Essa operação levou a prisão de 137 pessoas sob as acusações são de formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica e crime contra a Administração Ambiental.
O esquema descoberto a partir de fiscalizações da Secretaria Estadual do Meio Ambiente explorava ilegalmente madeira, para obtenção de licenças e autorizações falsas. O esquema, segundo as investigações apontaram para uma movimentação financeira de mais de R$ 58 milhões de reais representando em volume de madeira comercializada ilegalmente, mais de 81 mil metros cúbicos de madeira.
Também mereceu destaque a Operação Maria da Penha, inédita em todo o Brasil. A operação foi deflagrada no dia 25/06, em Várzea Grande tendo como principal objetivo coibir a violência doméstica. Treze mandados de prisão, todos acompanhados de busca domiciliar. Segundo dados da Polícia Civil, desde a publicação da Lei Maria da Penha, no ano passado, foram abertos mais de 300 inquéritos policiais só em Várzea Grande. A operação focou os 13 casos mais graves.
Também na Polícia Militar os números são expressivos. Segundo dados do Departamento de Estatística e Indicadores da PMMT, de janeiro a junho deste ano foram apreendidas, em ações realizadas em todo o Estado, 742 armas de fogo; 708 quilos de substancias entorpecentes; 786 veículos foram recuperados; 2.804 pessoas foram presas em flagrante e 79.168 ocorrências foram atendidas. Além disso, a PM realizou 5.068 escoltas de presos e 51 reintegrações de posse.
O Grupo Especial de Fronteira (Gefron), além de participar da recaptura de Célio Alves, no último dia 07/07 apreendeu, de janeiro a junho deste ano, 152,056 quilos de material entorpecente. Em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, de janeiro a junho de 2006, esse aumento representa um acréscimo de 130,39 % na quantidade de quilos apreendidos. Durante todo o ano passado o Gefron apreendeu 142,024 quilos de entorpecentes.
Entre as operações desencadeadas pela Polícia Militar nesse primeiro semestre do ano, a Operação “Jibóia” que fechou nove (9) bocas de fumo em Cuiabá no último dia 13, foi desencadeada pelo 9º Batalhão de Polícia Militar. Participaram também da operação homens do Batalhão de Operações Especiais (BOpE), Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOpAer) e Ministério Público.
A operação realizou buscas em residências visando a localização de entorpecentes e armas ilegais, retirando-os de circulação e prendendo os traficantes. Duas pessoas foram presas por estarem com prisão preventiva expedida e oito pessoas foram conduzidas ao CISC Planalto. Ao todo foram apreendidos 50 cabecinhas de pasta-base, 4 revólveres (cal 32 e 38), uma Pistola 380, diversas munições cal 22,32,38, 12 e 45; uma pistola 765, 10 celulares; R$ 1,33 mil; um veículo Pólo com a placa adulterada.
No primeiro semestre deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar realizou 140 auxílios comunitários, 3.511 atendimentos pré-hospitalar, 151 prevenção e extinção de incêndios e 242 ações de proteção, busca e salvamento em todo o Estado.