O coronel Campos Filho, que assumiu o Comando Geral da Polícia Militar há dez dias não será afastado de suas funções em virtude da sucessão de erros da Polícia Militar que culminaram com a morte de um garoto de 13 anos e ferimentos em 11 pessoas durante a apresentação de uma simulação de seqüestro na manhã de sábado em Rondonópolis. O secretário de Justiça e Segurança Pública Carlos Brito garantiu que o coronel continua prestigiado e que está comandando pessoalmente as investigações sobre os acontecimentos em Rondonópolis.
Segundo Carlos Brito não passa de boatos a notícia de que o coronel Campos Filho esta deixando o comando em virtude dos acontecimentos em Rondonópolis. “Infelizmente tem gente que quer se aproveitar daquela tragédia. O coronel Campos Filhos não tem nada a ver com a sucessão de erros que aconteceram ali”.
Carlos Brito disse ainda que o coronel Campos Filho está em Rondonópolis acompanhando todo o desenrolar das investigações e que tem ordens de punir todos os culpados. “Não podemos aceitar que em uma simulação se usasse balas de verdade. Aliás foi um erro realizar uma simulação em um local público, com tanta gente. Quem estava com a arma deveria ter verificado antes as munições e quem a entregou também”, disse o secretário que confirmou que sete polícias que estavam envolvidos na tragédia foram afastados de suas funções.
Além do inquérito aberto pela Polícia Civil, foi aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria Geral da Polícia Militar, que está sob a responsabilidade do coronel Raimundo Francisco de Souza, corregedor geral da Polícia Militar que designou como presidente do inquérito o tenente-coronel Sampaio, que já está trabalhando no caso.
Para realizar a “simulação” desastrosa e criminosa , em frente à Escola Municipal Princesa Isabel, em Rondonópolis, o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Militar recebeu autorização do comandante do 5º Batalhão de Rondonópolis tenente-coronel Wilkerson Felizardo Sandes.