Investigações para apurar eventuais locais que funcionem como pontos propícios a exploração sexual de crianças e adolescentes em Sinop e na região continuarão. De acordo com a delegada regional, Fátima Moggi, mesmo com o término da operação deflagrada na semana passada no município, onde foram fiscalizados cerca de 30 bares, sendo um homem e quatro mulheres, entre elas uma menor, encaminhados para a delegacia, os trabalhos devem ser centrados nas denúncias recebidas.
Em todo Estado, ações também devem permanecer. Somente durante a operação, realizada no dia nacional de combate a exploração, foram 23 pessoas indiciadas, sendo uma por acusação de aliciamento de menores e estupro, uma por estupro, uma por aliciamento de menor, três por manterem casa de prostituição, duas por venderem bebida alcoólica para menores e 15 por tráfico ou uso de drogas. Entre eles há envolvidos nas cidades de Alta Floresta e Juína.
“A prostituição tem crescido. Não há estatísticas, mas a realidade pode ser verificada quando investigamos outros crimes, como o roubo, o tráfico e o uso de entorpecentes. Muitas vezes a mulher do bandido é uma adolescente. Se fossem feitas queixas o número também cresceria”, disse a delegada.
Ainda conforme ela, a ação mais recente que vem sendo desencadeada na região é a busca por um homem, ainda não identificado, que teria estuprado uma menor de nove anos em União do Sul (aproximadamente 170km de Sinop). “Ele pediu para ela mostrar onde fica um mercado. Montaram em uma moto e ele a levou para um mato, onde houve o ato”, disse.
Um retrato falado do acusado foi feito e distribuído entre as delegacias da região. “Acreditamos que ele é daquela cidade ou da região”, finalizou.