Todos os suspeitos ouvidos negaram que a autoria dos disparos seja do filho do secretário Carlos Brito – (ainda em processo de reconhecimento na Justiça), conforme consta no relatório do delegado Adalberto Antônio Oliveira, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA).
O crime ocorreu no último dia 18, na região do Coxipó, em Cuiabá. O menor, filho de Brito, estaria acompanhado de outros dois homens, identificados por “Kito” e “Tom”. A vítima é Cassiano Martins de Oliveira, 19 anos. Ele teria se envolvido em uma briga, no carnaval deste ano, com os acusados e estaria freqüentando o bairro do Coxipó. A polícia deve investigar quem foi o autor dos disparos. O menor estaria no banco traseiro do veículo, “Kito” na direção e “Tom” de passageiro.
Cinco tiros contra o estudante Cassiano Martins de Oliveira teriam sido disparados por Bezailton Auto de Souza (Tom). Ele confessou que acertou os tiros a mando de Cristopher Pereira da Costa por uma questão de amizade e não envolveu dinheiro. O relatório foi encaminhado ontem mesmo ao Ministério Público Estadual (MPE). O delegado evitou a divulgação de outros trechos do documento, de acordo com A Gazeta.
O inquérito elaborado pelo delegado Márcio Pieroni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), chegou às mãos do delegado da DEA ontem, por volta das 14h45, minutos antes de organizar o documento e ouvir novamente e “sem necessidade” o menor N.G.S. e os seus advogados. “Como ele já depôs ao delegado Márcio Pieroni não precisava ser ouvido novamente. Mas eles fizeram questão de comparecer na delegacia”, diz Adalberto.
O advogado Alfredo Gonzaga sustenta que o pedido de internação sócio-educativa é dispensável, já que N.G.S tem bons antecedentes, não tinha idéia do assassinato, corre risco de vida e já foi ameaçado de morte por Tom, no mesmo dia da morte de Cassiano.