A Delegacia de Roubo de Carga do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) identificou o principal receptador de carga roubada de cobre do Brasil. O advogado e empresário Manoel do Canto Neto, foi preso na sexta-feira (9) sob suspeita de receptação e formação de quadrilha.
Canto Neto conseguiu a liberdade provisória no domingo (11), mas Izoli Alves de Oliveira, apontado como seu sócio, também preso na sexta, continua detido. Outras quatro pessoas envolvidas no esquema acabaram detidas durante a chamada Operação Vil Metal.
As equipes cumpriram 28 mandados de busca e apreensão. O objetivo maior foi recolher documentos, principalmente notas fiscais falsas. O balanço completo da operação deverá ser concluído terça-feira.
Os policiais detectaram que três núcleos têm em em comum a produção de notas fiscais falsas. De acordo com o Deic, o núcleo batizado de “Interestadual” é controlado por Dagoberto Silva e Antônio Luiz Santos Pinto.
Eles utilizam quatro empresas de fachada para comercializar cobre. As ramificações atingem os Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Sergipe, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.
Canto Neto e Oliveira são os responsáveis pelo núcleo “Generalizado”, de acordo com o Deic. Eles são suspeitos de comprar e comercializar cobre ilícito, além de “esquentar” o produto utilizando notas fiscais falsas.
No terceiro núcleo, chamado de “Caipira”, concentravam-se os suspeitos de manter a estrutura fiscal e também receptar mercadorias como combustíveis e tecidos. Esse grupo tinha ficava em Paulínia (126 km a noroeste de São Paulo). Quatro pessoas foram presas.
Os presos são Geraldo Naves de Azevedo, o Marião, Alexandre da Silva, André Luiz Buglini, e Jovailton dos Santos, todos envolvidos na venda de notas fiscais.
Foram alvos da operação empresas nas cidades de Mauá, Leme, Rio Claro, Paulínia, Ribeirão Preto, Jandira e Salto.