A Polícia Militar cumpriu hoje 16 mandatos de busca e apreensão e 10 mandados de prisão contra policiais do Grupo Especial de Fronteira (Gefron). A operação, realizada em Cuiabá, Cáceres, Porto Esperidião e Juara, está sendo realizada em parceria com o Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) .
A operação partiu de uma denúncia apresentada pelo próprio Gefron. Em 2006, a coordenadoria do Grupo Especial de Fronteira começou a investigar esses policiais acusados de facilitação de descaminho (entrada de roupas e acessórios) da Bolívia, sem a devida nota fiscal, portanto, sem pagamento de impostos. Durante as investigações, até então mantidas em sigilo, descobriu-se o envolvimento de policiais militares que agiam como facilitadores de entrada de drogas no país e da entrada de veículos roubados no Brasil, com destino à Bolívia.
As investigações realizadas gerência de inteligência do Gefron apuraram que os 10 policiais que atuavam nas fiscalizações das barreiras na fronteira Mato Grosso/Bolívia recebiam importância em dinheiro, cheques e depósitos em contas bancárias pessoais. Também foram encontradas, nas casas dos policias anotações contendo rateio das propinas entre os policiais. A partir daí a coordenação do Gefron, através da Secretaria de Justiça e Segurança Pública encaminhou as denúncias ao Ministério Público, repassando todas as informações.
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Adaildon Evaristo de Moraes e o coordenador do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), major Siqueira Júnior, estarão à disposição da imprensa, às 17horas, no gabinete do secretário, para falar sobre o assunto.