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Ministério Público denuncia três policiais em Juína

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O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, através da promotora de Justiça da Comarca de Juína Fabiana da Costa Silva, ofereceu denúncia contra dois policiais civis, Ary Junior Paula de Almeida, José Carlos de Faria e o sargento da Polícia Militar Timóteo Marques de Almeida, por concussão, extorsão cometida por servidor público.

De acordo com inquérito policial, desde dezembro de 2005 após vários furtos ocorridos na cidade, inclusive na residência da juíza de Direito, Giovana Pasqual, algumas jóias foram parar em poder de Marisa Soares Inácio, proprietária de uma loja de confecção da cidade.

A investigação demonstrou que as jóias foram furtadas por Éder Nilton da Silva, vulgo ‘Edinho’, o qual revelou a seu colega Adilson Ademar Cardoso, conhecido por Dilsinho, o paradeiro desses objetos. Dilsinho disse que foi procurado pelo investigador Ary Almeida, o qual estava interessado no paradeiro das jóias, inclusive prometeu parte do lucro com a possível venda.

Ficou apurado ainda que Ary foi até a residência de Marisa Inácio se utilizando da função de policial, com apoio do colega de profissão José Carlos na ação, exigiu que as jóias lhe fossem entregues, o que foi feito.

Os dois denunciados após terem se apossado das jóias, não as entregaram à autoridade local para a devida apreensão formal e restituição às vítimas. Assim, a representante do MP local Fabiana Silva os denunciou por concussão, extorsão cometida por funcionário público contra a administração em geral consistente em exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. A pena prevista é de reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.

Pelo mesmo crime foi denunciado o sargento PM Timóteo Marques de Almeida, porque no mês de outubro de 2003, em Juína Ivo Braz dos Santos, Benedito Jorge da Cruz e outro conhecido por ‘Polaco’ furtaram um diamante bruto no valor de R$ 200 mil e com a ajuda de Francisco Gonçalves dos Santos venderam a um comprador de pedras preciosas.

Foi provado que o sargento Timóteo ficou sabendo do furto e valendo-se do seu cargo exigiu de Ivo Braz a quantia de R$ 5 mil para que não o prendesse, o que foi feito.O inquérito policial nº 89/06 transformou-se em ação nº59/06 corre na 1ª vara de Juína e o inquérito 96/06 tornou-se ação nº39/06 e corre na 2ª vara.

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