O delegado municipal de Marcelândia (200 km de Sinop), Luiz Henrique de Oliveira, confirmou hoje, ao Só Notícias, que foram decretadas as prisões preventivas do chefe da Ciretran no município, Adilson de Oliveira Silva, do diretor de uma auto-escola, Marco Aurelio Ribeiro, e 4 examinadores do Detran(Departamento Estadual de Trânsito) Valdete Viana Alves, Satilo Constancio (que são de Cuiabá) e Deusalina Pereira (Rondonópolis). A prisão temporária foi na última quinta-feira por acusação de fraudes em testes e vendas de CNH. Agora, com a decisão do juiz de Marcelândia, ficarão presos por tempo indeterminado.
“Foram coletadas outras provas confirmando a participação deles e dos dois examinadores, presos em Cuiabá e Rondonópolis, no esquema de fraudes nos testes para vender CNH. Foram ouvidas 8 pessoas que confessaram terem comprado as CNHs e não fizeram os testes”, explicou o delegado.
A polícia conseguiu apreender com um dos examinadores do Detran uma lista com nomes de candidatos onde está escrito “R$ 7,5mil” e conclui ser o valor da propina referente ao último teste, aplicado no dia 5 deste mês, em Marcelândia, onde teriam ocorrido ao menos 45 fraudes.
De acordo com o delegado, o valor para conseguir a CNH variava de R$ 1 mil a R$ 1,3 mil, de acordo com a categoria.
“Os candidatos assinavam as provas em branco, que eram preenchidas por um dos acusados e, depois, eles eram aprovados e pegariam as carteiras de motorista”, explicou Luiz Henrique. “Foram coletadas outras provas e foi possível confirmar a participação deles e dos dois examinadores presos em Cuiabá e Rondonópolis no esquema. O instrutor de auto-escola Jonas Rodrigues confirmou as irregularidades, sua pena pode ser diminuida baseado na delação premiada e será liberado. Temos imagens e muitas pessoas que receberam CNH não foram fazer provas. Apreendemos as pastas na Ciretran e identificados os que não fizeram testes teórico e prático”, acrescentou o delegado.
Ele disse ainda que o chefe da Ciretran, Adilson de Oliveira Silva e o diretor de uma auto-escola, Marco Aurelio Ribeiro, negaram, em depoimentos, todas as acusações. Os dois foram recambiados para o presídio Ferrugem, em Sinop.
O delegado disse que ainda não é possível precisar há quanto o esquema de fraudes em Macelândia estava ocorrendo.
(Atualizada às 14:31h)