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Alta Floresta: balanço aponta queda em homicídios e roubos

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Um balanço do Comando de Policiamento de Área (CPA) de Alta Floresta apresenta um resultado positivo: queda de 36% sobre o total de ocorrências atendidas pela Polícia Militar entre janeiro de 2007 até o mês passado. As dez principais foram agressões/vias de fato, atropelamentos no trânsito, prisões de condutores embriagados, furtos à residência, veículos, estabelecimentos comerciais, homicídios, roubos em empresas e residências.

Os furtos em veículo caíram 54,25%. De 94 passaram a 43, entre uma época e outra. As estatísticas da corporação apontam também para diminuição de 50% nos homicídios, caindo de 6 para 3. Para comandante do CPA, tenente-coronel Sérgio Coneza, a retração deve-se a implantação de uma nova política, que parte desde a mudança na escala dos policiais acarretando no serviço mais ostensivo. No município, os soldados não mais trabalham 24 horas, mas em turno de 12h. “Mudamos nosso trabalho em Alta Floresta. O policial que trabalha 24 horas não produz. Agora, são 12 horas que ele fica na rua. Mudamos esta idéia de uma polícia mais retraída para pró-ativa”, declarou, em entrevista, na central de jornalismo de Só Notícias.

Coneza acrescenta ainda que o aumento na ostensividade diminuiu os delitos. “Os delinquentes vêem o policiamento e talvez até migre [para outras áreas]. É nesse sentido que os números reduziram em todos os níveis”, acrescentou.

Os índices roubos a estabelecimento comercial e residência caíram 58,82% e 50%, respectivamente. “A política pública levada a efeito na Polícia Militar foi positiva para Alta Floresta”, acrescentou o comandante.

Na contramão das ocorrências, prisões de condutores embrigados cresceram vertiginosamente: 260%. Enquanto no ano passado haviam sido 5, até novembro passado somaram 18. Para Coneza, há fatores que explicam este aumento. “Se você diminui os atropelamentos, algum coisa aconteceu. Porém, quando se vê os números dos presos por embriagues, estamos retirando pessoas que, em tese, colocam as pessoas em risco. Fizemos este trabalho, e, na parte do trânsito, ficamos mais fortalecidos nas abordagens”, ressaltou.

A PM de Alta Floresta conta com 57 policiais, incluindo o comandante. Destes, de 12 a 14 atuam diretamente nas ruas no período diurno, e, outros 7 a 8 à noite. Sérgio Coneza salienta que assim como noutras cidades, a demanda requer maior efetivo. “Temos que trabalhar com o que temos. Diminuímos as folgas, aumentamos os serviços ostensivos e mudou-se a política”, lembrou.

Por outro lado, mesmo as brechas verificadas na legislação penal brasileira ainda representam gargalos para a segurança pública. “Dificilmente quem comete delito é penalizado com severidade. Quando isto ocorre, o sistema [carcerário] não ressocializa”, concluiu.

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