O empresário Air Bondespacho, irmão da ex-deputada Celcita Pinheiro, viúva do senador Jonas Pinheiro, suposto dono de uma fortuna de mais de R$ 6 milhões, furtada em 16 de junho deste ano, vai ser interrogado, no máximo até à próxima quinta-feira (4) no Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO). A Polícia quer saber tudo, mas principalmente, a origem do dinheiro. A Polícia também quer saber por que o furto nunca foi registrado?
A reportagem apurou através de uma fonte, pois o delegado Luciano Inácio da Silva se recusa a falar sobre o assunto, que a Polícia já conseguiu rastrear que os dois responsáveis pelo furto, Vilmar Silva Santos, o “Cocó”, de 28 anos, e Anderson Ferreira da Silva, de 27, já compraram mais de R$ 1,5 milhão em imóveis, móveis e veículos, inclusive um carro e uma casa de alto padrão avaliados em mais de R$ 500 mil. Para a polícia, os dois afirmaram que furtaram apenas um pouco mais de R$ 2,8 milhões que estavam no carro.
Apesar de não falar diretamente sobre o caso, alegando que as investigações, apesar de não serem sigilosas, ainda não estão fechadas, o delegado Luciano Inácio confirmou, no entanto, o interrogatório de Air Bondespacho para essa semana. “Não sei o dia exato, mas com certeza vamos ouvi-lo, no máximo até a próxima quinta-feira”, afirmou.
A primeira versão sobre o furto do dinheiro foi que na noite de 16 de junho deste ano pelo menos três homens convenceram o porteiro a deixá-los entrar no prédio de apartamentos de luxo, no bairro Duque de Caxias, sob alegação de que iriam fazer a manutenção de um veículo.
Na realidade, segundo a polícia já apurou, os dois homens eram bandidos – um terceiro também preso deu cobertura em um carro do lado de fora -, com antecendentes, que foram ao local porque sabiam que em um carro de luxo de um empresário havia, em princípio, pouco mais de R$ 50 mil.
As informações sobre a localização do carro e do dinheiro teriam sido dado para o bando por uma mulher que ainda não foi identificada.
Vilmar, o “Cocó”, e o irmão dele, Anderson, foram presos em Campo Grande (MS), e o terceiro integrante do bando, Marcelo Soares da Silva, em Fátima do Sul (MS). Os três já interrogados, confirmaram que o dinheiro estava mesmo no Honda Fit em mais de 15 caixas pequenas de papelão em notas de R$ 100, 50 e 20. O carro, segundo a polícia, é de propriedade de Air Bondespacho, que também mora no mesmo prédio.
Dias atrás, logo após a prisão dos três acusados pelo furto, o delegado Luciano Inácio também afirmou que o carro era do empresário e estava parado na garagem do prédio onde Air também mora com a família.
A polícia suspeita que o dinheiro tenha origem ilegal e que poderia ser usado, supostamente em campanha política, mas primeiro quer ouvir o que Air Bondespacho tem a dizer.