Apenas metade das 31 testemunhas de defesa e acusação convocadas para a audiência de instrução arroladas no processo que apura a tragédia ocorrida no Jardim das Flores, compareceu ontem ao Fórum de Justiça da Comarca.
O caso Jardim das Flores, como ficou conhecido, é resultado de uma apresentação da Polícia Militar naquele bairro, no dia 26 de maio do ano passado, durante um mutirão da prefeitura. O que era para ser uma festa, acabou em tragédia. Uma das armas que seria usada na simulação estava carregada com munição de verdade. Os disparos efetuados por um soldado da PM mataram o estudante Luís Henrique Dias Bulhões, de 12 anos de idade e feriram várias outras pessoas.
O juiz da 2ª Vara Criminal, Mirko Vincenzo Giannote, abriu a sessão de audiência às 8h e, durante todo o dia, conseguiu ouvir apenas oito das 31 testemunhas. Na verdade, 17 compareceram e uma foi liberada. A última testemunha a depor ontem, por volta das 17h30, foi o comandante da operação na época, tenente Gyancarlos Paglyneari Cabelho.
As demais testemunhas que se encontram fora de Rondonópolis, como a policial militar Patrícia Maria da Silva Santos, que está em Várzea Grande, serão ouvidas por carta precatória.
O ex-comandante regional da PM, tenente coronel Wilquerson Felizardo Sandes deverá ser ouvido em Brasília (DF), onde se encontra em serviço na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Já o ex-comandante do 5º BPM, major Wilquer Soares Sodré, será ouvido em Cuiabá.
DESIGNADA
Por conta da impossibilidade de prosseguimento dos depoimentos, o magistrado designou a continuidade da audiência para o dia 15 de dezembro, uma segunda-feira, a partir das 13h.
O juiz acredita que, até o final de dezembro, o processo estará concluído, com a pronúncia do réu.