Pela segunda vez em menos de uma semana criminosos voltaram a agir em fazendas próximas a Sinop, ameaçando e aterrorizando as vítimas. Produtos agrotóxicos, que têm preços consideráveis e são comprados em grande proporção por fazendeiros, são alvo dos bandidos. Ontem à noite, em uma propriedade a cerca de 45km do município, uma quantidade considerável de herbicidas, fungicidas e outros foi levada. Quatro homens encapuzados e com pistolas renderam quatro trabalhadores. Além das ameaças as vítimas foram obrigadas a carregarem uma caminhonete da fazenda – D20 branca, placas LYM 1680, carroceria de madeira com os produtos.
De acordo com os funcionários, os criminosos chegaram em uma L 200, onde também foram colocados agrotóxicos. Na delegacia, o proprietário Alan Bachinski disse que o prejuízo, entre caminhonete e os produtos, chega a R$130 mil. “As coisas que foram levadas como motossera, motorbomba nem consideramos. O problema é o veneno”, declarou.
Bachinski relata que os funcionários foram dominados só conseguiram avisá-lo hoje de madrugada. “Toda hora eram ameaçados, com pistola na cabeça. Todos (ladrões) são fortes, conforme os funcionários relatam”, disse o fazendeiro.
O roubo ocorreu na mesma região onde, no último dia 19, pelo menos 15 pessoas foram dominadas por seis criminosos, que levarem aproximadamente R$150 mil em produtos (insumos, herbicidas, inseticidas, fungicidas), e outros R$3,7 mil.
Mesmo com assistência recebida pela polícia, as vítimas cobram mais solução. “A polícia até que deu atenção. O problema é que ela não tem recurso para nada. Tivemos que correr atrás para abastecer o carro para eles. Falta alguém ver que isto está acontecendo em Sinop, porque revolta. Trabalhar para que, para ver outros roubarem?”, indignou-se Bachinski.
A quadrilha que vem causando pânico em propriedades continua foragida. Somente um integrante foi preso. Ademir do Amor Divino da Silva, 35 anos, confessou participação no crime e disse que receberia R$4 mil pelo serviço.