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Sorriso: presos acusados de contrabandear agrotóxico

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O ‘acaso’ levou a Polícia Civil de Sorriso à prisão de dois homens acusados por contrabando de agrotóxico. O desfecho não era esperado, visto que as autoridades davam apoio nas investigações do assalto em uma fazenda de Sinop, sábado, de onde foram levados aproximadamente R$150 mil em mercadorias (herbicidas, adubo e demais), R$3,7 mil entre outros produtos.

Em Sorriso, ontem, a polícia localizou Benedito Silva, 50 anos, proprietário da VW Saveiro, utilizada para dar apoio no roubo. Em depoimento, ele negou ter participado da ação – que envolveu seis pessoas – mas somente emprestado o automóvel. No entanto, segundo o delegado Bráulio Junqueira, Silva será autuado da mesma forma.

Em diligências, a polícia chegou a um hotel, próximo ao centro de Sorriso, onde localizou Fernando Pereira Barros, 32 anos e Lauriston Paes Pinto, 43 anos. A participação de ambos no crime também não foi atestada. Por outro lado, para surpresa dos agentes, no veículo Corsa de Lauriston havia aproximadamente 110 quilos de agrotóxico.

“Em razão disto demos voz de prisão por contrabando no Lauriston e no Fernando. O Fernando tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por roubo em Alto Araguaia. Não sabemos de onde é o produto. Segundo eles, quem repassou foi um homem chamado Luiz Benedito Matias, que não conseguimos encontrar”, declarou Junqueira, ao Só Notícias, acrescentando que “não foram encontradas evidências de que ambos participaram do roubo em Sinop”.

De acordo com a autoridade, tanto Fernando quanto Lauriston serão autuados por contrabando, cuja pena, pelo código penal, é de um ano e quatro anos meses de reclusão. A informação de que ambos estariam num hotel partiu de uma testemunha.

As polícias Civil e Militar de Sinop apuram a localização de outras pessoas que participaram do assalto na fazenda. Benedito Silva – proprietário da Saveiro – deve ser encaminhado para Sinop. O primeiro integrante da quadrilha – Ademir do Amor Divino da Silva, 35 anos, foi localizado ontem.

À Polícia Militar confessou ter participado do crime e que receberia R$4 mil pelo serviço. Ele denunciou a participação de seis pessoas. Contudo, não relatou nomes e quem seria o menor da ação que causou pânico em pelo menos quinze vítimas.

Para Bráulio Junqueira, o ocorrido no final de semana indica a existência de uma quadrilha especializada neste tipo de prática, levando-se em conta que agricultores estão cultivando a safra 2008/09 de soja em Mato Grosso.

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