Os Estados do Mato Grosso, Pará, Piauí e Maranhãovão adotar um novo modelo de combate ao trabalho escravo. O objetivo é eliminar a figura do agenciador de mão-de-obra escrava, uma espécie de empreiteiro que recruta pessoas não qualificadas para o trabalho em propriedade rurais, em condições degradantes.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, falou da importância do programa Marco Zero do Trabalho Escravo que foi lançado recentemente em Imperatriz (MA),uma das regiões onde é alto o índice de denúncias desse tipo de crime.
Segundo Carlos Lupi, o programa, que levou cerca de um ano para ser elaborado, será executado de forma conjunta pelos governos federal, estaduais e municipais. Ele prevê o cadastramento das propriedades rurais dessas regiões, que passarão a solicitar mão-de-obras por meio do Sistema Nacional de Empregos (Sine).
“Esse Marco Zero vai ser um trabalho mais de prevenção, de educação. Vamos lançar cartilhas informativas, cartazes. E vamos passar que o governo seja intermediário na contratação [de trabalhadores]. Nessa região (Mato Grosso, Pará, Maranhão e Piauí), toda a intermediação para contratação de qualquer empresa vai ser feita pelo Sistema Nacional de Emprego, numa ação conjugada de prefeituras, estados e governo federal”, explicou o ministro.