Integrando diversas instituições no combate a ilícitos criminais, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Coordenação Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal, promove o curso “Lavagem de Dinheiro e Sistemas Alternativos de Remessa”. O curso começou ontem, em Cuiabá, e segue até a próxima quinta-feira.
Participam do curso servidores da Sejusp, Politec, além de profissionais que atuam na área de inteligência da Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros, PM, Polícia Federal, Receita Federal, Secretaria de Fazenda do Estado, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Sejusp/MS.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, enfatiza a preocupação da secretaria em capacitar e integrar instituições para combater crimes. “O conhecimento integrado promove melhores resultados, especialmente, em áreas específicas, como na lavagem de dinheiro. Com as instituições trabalhando de forma coesa e organizadamente, temos mais condições de combater a criminalidade”, disse.
No primeiro dia do encontro, os palestrantes abordaram aspectos históricos da lavagem de dinheiro – processo que envolve três etapas denominadas colocação, circulação e integração. Conforme estudos da Receita Federal, esse fenômeno é capaz de distorcer as decisões financeiras, aumentar o risco do sistema financeiro nacional, além de retirar do governo o controle da política econômica.
Outra preocupação quanto a essa prática está nos altos custos sociais. O mesmo estudo revela que a lavagem de dinheiro faz aumentar os gastos do governo no cumprimento das leis, na preservação e controle, e na assistência médica a viciados em substâncias entorpecentes.
A proteção oferecida pelos paraísos fiscais às organizações criminosas também serão debatidos durante o curso. Os palestrantes destacam que os paraísos fiscais geralmente possuem legislação bancária e financeira mais permissiva e leis bancárias com mais rigidez no que tange à privacidade pessoal. “Por esse motivo, o Brasil está firmando novas parcerias e acordos de cooperação jurídica com os órgãos de inteligência de outros países. Isso nos auxiliará nas investigações policiais”, afirma o Auditor Fiscal da Receita Federal, Enildo Willis Pereira da Silva.
Durante os três dias, os profissionais de segurança conhecerão casos de investigações promovidas no País. Ao todo, o curso “Lavagem de Dinheiro e Sistemas Alternativos de Remessa”, capacitará 50 profissionais.