Dezessete pessoas já foram presas em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres na Operação Vulcano, desencadeada hoje, em Mato Grosso e 7 Estados (Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina) para combater fraudes nas exportações, principalmente de pneus e bebidas. Foram expedidos 22 mandados de prisão em Mato Grosso e, conforme Só Notícias antecipou, 20 mandados de busca e apreensão de documentos e provas das irregularidades. O número de presos em todo o país chega a 88.
Empresas e acusados praticavam a “exportação fictícia” e simulavam que produtos eram vendidos no exterior, mas ficavam mesmo no Brasil, e as empresas obtinham diversos incentivos fiscais, causando concorrência desleal.
O grupo atuava criando uma documentação falsa de exportação, que era levada até a fronteira e, com a conivência de servidores públicos, realizava-se o procedimento de exportação. Nos sistemas informatizados constava que as mercadorias teriam deixado o país, mas na verdade elas permaneciam abastecendo as fábricas no território brasileiro. De outro ponto, ainda que as mercadorias não tivessem saído, o contrato de câmbio era fechado, de forma que ingressava no país dinheiro de origem desconhecida, o que reforça a prática do crime de lavagem de dinheiro.
A Operação Vulcano é resultado de investigações da Delegacia da PF em Marília (SP) e das Superintendências Regionais do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os presos serão indiciados por crimes contra a ordem tributária, facilitação de contrabando e descaminho, corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações, falsidade ideológica, formação de quadrilha, crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, dentre outros, informa a assessoria da PF.
(Atualizada às 16:54hs)
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