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Rixas e drogas fazem de outubro mês mais violento do ano em Sinop

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Os números da violência em Sinop têm revelado um cenário preocupante. De janeiro até a quarta-feira, 25 pessoas foram assassinadas a tiros ou facadas. Somente neste mês, foram sete. Boa parte dos crimes tem sido motivada por acerto de contas. As tradicionais rixas já provocaram muitas mortes no município. Conforme as autoridades policiais, os desentendimentos, em partes, ocorrem por causa da droga. Isto é, seja pelas dívidas contraídas pela compra do entorpecente, ou ainda pelo seu uso por quem pratica o crime.

Na lista dos assassinatos mais recentes em Sinop está o de Jair Mário de Souza, 42 anos, alvejado com um tiro na cabeça na porta da residência onde morava, próxima ao Jardim Europa. No entanto, poucos dias antes, no Jardim Boa Esperança, Natanael Fernandes Machado, 28 anos, foi esfaqueado no bairro Boa Esperança e morreu a caminho do hospital. A polícia investiga se os casos têm relação.

Também em outubro, Heidinaldo Aparecido Piveti, 26 anos, conhecido por pica pau, e Claiton Ferreira Sales, o Dentinho, 19 anos, foram executados, com vários tiros, na avenida Perimetral Sul, próximo ao Jardim Jacarandás. A menor S. G. B, 15 anos, que estava com eles, também foi ferida à bala. Segundo a polícia, ambas as vítimas tinham envolvimento com drogas.

Representantes do setor de segurança, ouvidos por Só Notícias, salientam que a participação de adolescentes nos crimes é frequente. Mesmo sujeitos a punições, adolescentes tornam-se reincidentes do crime quando cumprem aquilo determinado pela lei e voltam para as ruas.

Em setembro, Sinop teve quatro homicídios. Agosto, julho, março fecharam com três, cada. Junho, maio, abril, um. Janeiro, outros dois. Se o total de assassinatos impressiona, o de tentativas é ainda mais alarmante – 60 nestes nove meses.

Apenas em agosto foram 13, e, este mês, outras dez. Em uma noite, nas proximidades da rodoviária, seis pessoas foram baleadas em poucos minutos. O medo paira sobre a população, que se vê obrigada a conviver com os índices de criminalidade e mudar de hábitos.

“É difícil pensar em sair da forma como está, pois a qualquer momento corremos o risco de sermos atingido por tiro”, declarou um pai de família, que preferiu manter-se no anonimato. Ele acrescenta ainda que os dois filhos e a esposa deixaram de frequentar praças públicas à noite, como de costume, por receio.

O morador faz menção a um caso ocorrido no início de setembro, quando o adolescente Cleber Antônio dos Santos, 16 anos, foi morto com um tiro na cabeça, na praça Wagner Bregonci (entre as avenidas Jequitibás e Ingás), onde foi inaugurada uma pista de skate. Uma segunda vítima foi atingida por uma bala no pé.

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