Dezoito pessoas foram presas na operação “Alto-Volume”, hoje, pela Polícia Civil. O objetivo foi desarticular uma quadrilha com ramificações em Mato Grosso e fornecimento de drogas para o nordeste e sudoeste do país. Ao todo, 19 pessoas estão envolvidas no comércio ilícito de entorpecentes. As investigações iniciaram em janeiro de 2008.
Por determinação da juíza Maria Cristina de Oliveira Simões, da 9ª Vara Especializada de Delito de Tóxico de Cuiabá, 19 mandados de prisão temporária (trinta dias, prorrogáveis por mais trinta) e 08 de busca domiciliar, além de 08 autorizações de arresto (apreensão de bens) foram cumpridos. Os alvos da polícia foram presos em Cuiabá, Cáceres e no Estado do Espírito Santo.
Seis integrantes da organização criminosa foram presos, sendo três no Espírito Santo (ES), duas no município de Cáceres e uma na rodoviária de Várzea Grande, quando foi interceptado uma remessa de 2,7 quilos de drogas, vinda de Cáceres. No Espírito Santo, as prisões ocorreram com a ajuda da Polícia Federal. Ao todo, foram apreendidos nos decorrer das apurações 18,5 quilos de pasta base de cocaína.
De acordo com o delegado Clocy Hugueney, do Cisc Verdão, que coordenou a operação, o esquema criminoso consistia em trazer droga da Bolívia e abastecer o mercado de outros estados brasileiros gerando milhões de reais aos traficantes. “No decorrer das investigações fomos identificando os membros e o relacionamento deles dentro da quadrilha”, disse. “Eles usavam veículos para o transporte e o financiamento irregular, como moeda de troca”, completa. “A quadrilha tem atuação interestadual”, afirma.
A droga saía da Bolívia e era entregue em Cáceres, de lá enviada para Cuiabá de onde o entorpecente era distribuídos para outras regiões do país com conexão com os traficantes, principalmente no Espírito Santo e Bahia. Em média, a quadrilha movimentava cerca de 50 quilos de drogas por mês.
A polícia aponta que o chefe da organização criminosa era Edvane Evangelista, preso em 19 de junho deste ano, após informações repassadas pela Gerência de Inteligência Policial (GIP) de Mato Grosso.
Em Cuiabá foram identificados nove envolvidos.
Junto com os presos estão um policial civil e outro militar, ambos envolvidos com o grupo criminoso.
A justiça autorizou a polícia seqüestrar oito automóveis adquirido pelos envolvidos com o dinheiro “sujo” do tráfico de drogas. No entanto, um a polícia descobriu que já teria atravessado a fronteira do Brasil com a Bolívia. A medida cautelar visa assegurar a viabilidade de uma futura execução.