Três assaltantes e um adolescente de 17 anos, foram presos hoje de madrugada, depois de invadirem a casa de um procurador federal, em Cuiabá. O grupo manteve sete pessoas como reféns, dentre elas uma idosa e uma pessoa portadora de deficiência, por cerca de duas horas. Graças a negociação realizada por oficiais do 1º e também do 3º Batalhões da Polícia Militar as vítimas foram liberadas sem que sofressem nenhuma agressão física. Duas armas, um revólver calibre 38 e outro 32, foram apreendidas.
De acordo com o 2º tenente Andrei César Menin, do 1º BPM, ao lado da residência do procurador existe um terreno baldio que foi utilizado como esconderijo pelos criminosos. Por volta de 23h30, eles renderam o filho de 21 anos do procurador. O rapaz aguardava a abertura do portão quando foi atacado. Os bandidos desconheciam o fato da residência pertencer a um procurador federal, já que imaginaram que ele fosse delegado da Polícia Federal.
Poucos minutos depois do início do assalto, uma moradora acionou a Polícia Militar que se deslocou para o local. Teve início uma longa e tensa negociação. A primeira exigência feita era de que a imprensa (televisionada) fosse acionada. Em seguida, requisitaram que seus parentes também fossem ao local mesmo. Solicitaram ainda uma carteira de cigarros. Todas as exigências foram atendidas. Durante o período da negociação os bandidos mantiveram as vítimas em uma sala na parte superior da casa. Do lado de fora era possível ter visão do que acontecia no interior da casa.
Após 40 minutos de negociação, a primeira refém foi liberada, uma jovem que possui deficiência. Ela não teve a idade revelada. Em seguida, uma senhora cardíaca, de 54 anos, foi solta. A mulher estava aterrorizada e havia o temor de que pudesse passar mal. Os bandidos, por diversas vezes, apontaram as armas para as cabeças das vítimas. Após a liberação das duas mulheres, o major Flávio Ramalho, do 3º BPM, chegou ao local e passou a negociar.
Após a chegada da imprensa, um dos criminosos saiu acompanhado de uma vítima. Ele entregou a arma. Em seguida, outro acusado, acompanhado de dois reféns, deixou a casa. Ele estava armado com um revólver calibre 38. Quando chegou na área da residência ele disparou para cima. Em seguida, jogou sua arma dizendo que não tinha mais nenhum armamento e se entregava.
O procurador federal contou aos policiais que durante o período em que permaneceram na casa os quatro criminosos consumiram pelo menos três litros de bebidas alcoólicas, o que tornava a situação mais tensa ainda.