A Delegacia Municipal de Tangará da Serra instaurou inquérito policial para investigar uma mulher com suspeita de estar lesando aposentados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Mais de 20, com idades de 70 e 80 anos, podem ter sidos enganados pela fraudadora, nas cidades de Pontes e Lacerda, Jauru e Mirassol D’Oeste. A comunicação partir do serviço de inteligência da Polícia Militar.
A suspeita recai sobre a funcionária e o proprietário de uma empresa prestadora de serviços, instalada em Ji-Paraná (RO). Na sexta-feira, uma funcionária foi ouvida na Delegacia Municipal de Tangará da Serra e liberada após prestar declarações à policia. “Como não foi constatado o crime em Tangará, a mulher não pôde ser presa, mas ela está sendo investigada”, explica o delegado municipal Claúdio Freesz. Em Tangará da Serra a polícia investiga se os golpes chegaram a ser efetivados.
Para conseguir realizar os empréstimos consignados a suposta corretora usava formulários do Banco BMG, ligado ao Banco Bradesco. Conforme o delegado, o banco já informou a polícia que não tem vínculo com a empresa de Ji-Paraná. A estelionatária usava ainda crachá banco BMG. Com ela a polícia apreendeu um caderno com mais de 20 nomes de aposentados, cópias de documentos pessoais e formulários do banco.
O delegado explica que Rosimeire falava diretamente com os aposentados nunca com os filhos ou parentes. “Ela só aceitava falar com o aposentado, porque é mais fácil ludibriar. Facilita a consignação lidar com uma pessoa humilde, muitas vezes semi-analfabeta”, frisa Claúdio.
A Polícia Civil já entrou em contato com mais de 10 vítimas e duas confirmaram que fizeram os empréstimos, mas não receberam o dinheiro. Há um caso de um idoso de Pontes e Lacerda que teve que entrar na justiça para conseguir a suspensão dos descontos em folhas.
Claudio Freesz orienta as pessoas para terem cuidados quando forem fazer empréstimos consignados, principalmente se forem procurados na porta de casa. E se for realizar, busque informações da empresa, do banco e denuncie, no caso de se sentir lesado.
Conforme o delegado, se durante as investigações ficar comprovado que a suposta corretora aplicou os golpes também no município ela e o proprietário da empresa, poderão responder pelo crimes de estelionato, falsificação de documentos, entre outros crimes.