Polícia Civil da regional de Rondonópolis (212 km ao Sul) vai continuar investigando o triplo homicídio dos servidores do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no município. Na quarta-feira (02.01), os delegados Antonio Carlos de Araújo e Washington Eduardo Borrere, que presidem o inquérito vão solicitar à Justiça prorrogação do prazo de conclusão do inquérito policial. Para o delegado Washington, apenas 60% do caso foi concluído. “O caso não pára por aqui. Há indícios da participação de outros indivíduos”, disse o delegado.
No domingo (30), policiais do plantão do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) da cidade de Rondonópolis, localizaram e apreenderam o aparelho de celular da pró-reitora Sorahia Miranda Lima. O celular estava em poder de um rapaz, que revelou a polícia que havia comprado o aparelho de Jaeder Silveira dos Santos, 21. “Esse trabalho está sendo conduzido pelas polícias Federal e Civil. As informações são compartilhadas”, frisa o delegado Washington.
De posse da informação a Civil identificou o vendedor e ainda no domingo a Polícia Federal prendeu o suposto executor. Ao ser interrogado pela Polícia Federal o suspeito teria confessado o crime e revelado o mandante dos três assassinatos. Jaeder admitiu à Polícia Federal que recebeu R$ 3 mil do empresário Jorge Luiz Tabory, que também foi preso, para matar a pró-reitora. O motivo para Polícia Civil ainda não está esclarecido. “Há muitas perguntas sem respostas”, ressalta Washington Eduardo Borrere.
O delegado Washington destaca que o crime não está solucionado. “Há diversas vertentes que ainda serão apuradas pela Polícia Civil. É uma rede que temos que ligar os pontos”, ressalta o delegado. Ele lembra que o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil corre sob segredo de justiça.
Com a prisão dos dois, já são três suspeitos de participação nos homicídios presos pelas polícias Civil e Federal.