Uma força-tarefa composta por investigadores de três divisões do Cisc (DCCP, DGL e Depatri) está trabalhando nas investigações da morte do taxista Rui Morais Freitas, de 26 anos de idade, natural de Uruaçu (GO), casado, pai de quatro filhos e que foi encontrado morto no interior do táxi em que trabalhava na manhã de quarta-feiura, na Rua do Lazer, próximo ao Clube da Polícia Rodoviária Federal, ao lado da rodovia ecológica Rota do Peixe.
Segundo informações obtidas com a Polícia Civil, um chamado da central do Rádio Táxi Rio Vermelho, por volta das 21h30 de terça-feira (29), para atender a duas mulheres numa corrida na avenida Presidente Médici, acabou atraindo o motorista Rui Morais, pois este se encontrava mais próximo do local na ocasião da chamada. A partir daí, o mistério começa, pois o taxista não foi mais visto, até ser encontrado sem vida na manhã de quarta-feira por volta das 7h30, dentro do veículo VW Gol, de cor branca, com um ferimento de arma de fogo na cabeça, na altura da têmpora direita.
O veículo se encontrava com as portas laterais direita abertas e todo o interior revirado. Os criminosos ainda retiraram o microfone do rádio comunicador e levaram o aparelho celular e a carteira da vítima.
Peritos da Criminalística fizeram os primeiros levantamentos no veículo e no corpo do taxista, e, depois entraram no matagal, percorrendo cerca de 200 a 300 metros entre o ponto onde ficou o veículo e o local onde encontraram o chip do aparelho celular do taxista, a carteira sem dinheiro e outros objetos.
Segundo a perícia, a rigidez encontrada no cadáver era equivalente a aproximadamente oito horas, o que denota ter sido morto por volta das 22h do dia anterior, já que o corpo foi encontrado às 7h30 da manhã.
O delegado Wilson Leite, coordenador geral do Cisc, falou com a reportagem no final da tarde de ontem e explicou que nenhuma hipótese está sendo descartada, incluindo a de um homicídio.
Por conta da falta de alguns objetos retirados do interior do veículo, incluindo o celular e o dinheiro da féria do dia do taxista, a linha de investigação de momento é latrocínio: roubo seguido de morte.
Ontem, pelo menos sete pessoas foram encaminhadas ao Cisc para averiguação. A polícia investiga, inclusive, a possibilidade de ligação da morte do taxista com a morte do adolescente Maicon Miranda, de 17 anos, mais conhecido como “Pózim” e que foi morto com quatro disparos na madrugada de segunda-feira (28), no bairro Pedra 90.
Um outro ponto que está sendo investigado é a possibilidade de participação de pelo menos um travesti no crime já que uma sandália feminina, de tamanho grande, e com marcas de sangue foi encontrada no local e o fato da origem da chamada para a corrida ter sido feita da área de um conhecido ponto de travestis.