Na próxima semana será designado o delegado que vai apurar as prováveis causas da morte do estudante Hélio Gonçalves de Almeida, 21, que na manhã de quinta-feira (10) se lançou nas águas do rio Cuiabá com o veículo Prisma, de propriedade do pai. A operação de resgate do corpo e do veículo se estendeu por mais de 4 horas e mobilizou dezenas de bombeiros e policiais, debaixo da ponte Sérgio Motta. O acidente aconteceu por volta das 7h30, quando o jovem seguiu em alta velocidade por uma estrada particular que dá acesso ao rio e que passa dentro de uma draga, em Várzea Grande. O caso vai ser investigado pelo Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), Leste, no Parque do Lago.
A família não vê justificativa para o ato. O jovem fazia o curso de geografia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) pela manhã e, à tarde, atuava como estagiário no setor de transportes da Secretaria de Estado de Educação. Segundo colegas de trabalho, Hélio era uma pessoa bastante discreta. Segundo eles, os pais ainda estão chocados, tanto pela perca como por não acharem justificativa para o que ocorreu.
Um vendedor disse que presenciou, cerca de 10 minutos antes da tragédia, o jovem colidir o veículo Prisma com a traseira de um Pálio, dirigido por uma mulher. Eram cerca de 7h20, nas esquinas das ruas Tancredo Neves com Carmindo de Campos. Ele disse que o Prisma vinha em alta velocidade e não conseguiu evitar o acidente. Além do motorista, segundo a testemunha, havia outro jovem e os 2 desceram desesperados do veículo. Em seguida entraram nele e saíram, antes mesmo que a mulher conseguisse descer. O jovem seria um primo de Hélio, com o qual a família não havia conseguido manter contato desde que soube do fato.