PUBLICIDADE

Três em MT envolvidos nas fraudes em vistos para entrar nos EUA

PUBLICIDADE

Autoridades brasileiras e norte-americanas desmantelaram hoje uma quadrilha internacional que fraudava o sistema de concessão de vistos para trabalho temporário nos Estados Unidos da América (visto H2B) desde 2002. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), participou da operação, denominada “Anarquia”.  De acordo com o coordenador do Gaeco, Paulo Roberto Jorge do Prado, em Mato Grosso foram cumpridos mandados de busca e apreensão em duas residências, no bairro Coophema, em Cuiabá.

Doze policiais militares lotados no Gaeco, em companhia do assistente do diretor de segurança do Consulado Americano de São Paulo, Lélio Henrique Moreira Gama, estiveram nos locais para efetuar as prisões de Márcio de Castro Ferreira, Eliot Lee Ferreira e Sean Michael Michele. A investigação contou com a supervisão direta dos promotores de Justiça Sérgio Silva da Costa e Arnaldo Justino da Silva.

“Essas pessoas passam constantemente por Mato Grosso, mas hoje não estavam em Cuiabá. Márcio de Castro Ferreira e Eliot Lee Ferreira foram presos em Uberlândia (MG) e Sean Michael Michele está foragido com a expectativa de ser preso na Flórida onde a operação foi deflagrada simultaneamente ”, informou o coordenador do Gaeco.

Segundo ele, em uma das residências em que foram cumpridos os mandados de busca e apreensão foram apreendidos computadores e vários documentos , entre eles, a cópia de um contrato social da empresa WorkUsa Ltda, que funcionava na Avenida Barão de Melgaço, em Cuiabá. A referida empresa promovia o recrutamento de pessoas de Mato Grosso para os Estados Unidos.

Os proprietários das duas casas, Mário de Castro Ferreira e Mauro de Castro Ferreira, afirmaram, em depoimentos prestados na manhã de hoje ao Gaeco MT, que emprestaram seus nomes ao irmão, Márcio de Castro Ferreira, para a constituição da WorkUsa, mas desconheciam que as atividades exercidas eram ilegais.

De acordo com as investigações, os responsáveis pelo esquema falsificavam documentos e declarações de imposto de renda com o objetivo de garantir a transferência de pessoas para os EUA. “Nos EUA essas pessoas eram abandonadas pelos agenciadores, vivendo em situações desumanas e irregulares naquele país ”, ressaltou Prado.

Onze pessoas foram presas em quatro estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Os detidos são acusados de formação de quadrilha e estelionato. Há, ainda, indícios de lavagem de dinheiro.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE