PUBLICIDADE

Menor afirma ter mais de 25 passagens pela polícia em MT

PUBLICIDADE

Dois adolescentes de 13 anos foram apreendidos ontem, quando furtavam um creme para os pés, em uma loja de cosméticos no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Um deles assegurou já ter mais de 25 passagens por furtos. Franzino e dependente de drogas, disse que começou a prática de furtos aos 7 anos. Apesar de ter família, disse que passa o tempo todo na rua. O creme que furtaram na loja possivelmente seria vendido e o dinheiro usado para compra de maconha ou pasta-base. Em um dos braços o menino tinha tatuada a frase "amor só de mãe". Mas hoje ele vive praticamente sem família.

J.J.S.F. garantiu à reportagem que esta era a última vez que iria praticar "155" (número no Código Penal que classifica o crime de furto). Mas a afirmação provoca risos nos policiais militares que fazem o Boletim de Ocorrência. Eles alegam que o adolescente sempre repete a frase, toda vez que é flagrado por furto. Um policial ainda comenta que com certeza o Estado ainda vai gastar muito papel e combustível para realizar os procedimentos a cada apreensão do menino, que não deve parar por aí.

O companheiro dele parece mais tímido e é um pouco maior. Disse que conhece o amigo desde os 7 anos. Alega que mora com a avó, mas é de poucas palavras. Também é dependente químico. Os 2, acostumados com a rotina dos procedimentos policias depois de cada apreensão, são acompanhados por um membro do Conselho Tutelar até a Delegacia Especializada da Infância e Juventude (Deij), onde são ouvidos. Segundo o delegado titular Nilton Rado, depois de tomadas as declarações os adolescentes são encaminhados ao Conselho Tutelar para que se busque uma vaga em um centro de desintoxicação para dependentes químicos. Segundo o delegado, se a Polícia fosse manter presos todos os adolescentes que furtam para comprar drogas teriam que ser construídas dezenas de cadeias. O caso dos 2 jovens é comum na Deij.

O conselheiro titular Benedito Conrado da Cruz disse que mais uma vez vai buscar uma vaga em unidade para internação e tratamento, possivelmente em uma chácara fora da cidade. Mas em pouco tempo os 2 devem voltar às ruas, já que pertencem a famílias desestruturadas e que não têm condições de mantê-los sobre vigilância.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE