“Matei para cobrar uma fita”. Essa foi a declaração feita pelo braçal Sabino Vinhal de Freitas, 26 anos, ao ser preso pela Polícia Militar, na última sexta-feira, acusado de ter matado o comerciante Durval Antônio Ramos, de 62 anos. O crime, que está sendo configurado como latrocínio, ocorreu no começo da tarde de quinta-feira, na Vila Poroxo. Durval foi morto dentro do seu estabelecimento comercial com vários golpes de faca.
Na sexta, por volta das 11h, testemunhas reconheceram o suspeito passando próximo ao local do crime, na garupa de uma moto, com uma arma na cintura. Como PM e uma equipe da Polícia Civil já estavam nas buscas, a localização acabou acontecendo um pouco depois, nas margens do Arareau, na ponte do Jardim Primavera, onde a polícia fez o cerco ao suspeito.
Segundo informações da PM, o suspeito teria investido contra a guarnição, que teve que efetuar um disparo contra a perna de Sabino para poder contê-lo. Preso e levado para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), o suspeito negou o roubo, mas confirmou a autoria do crime. “Eu não fui para roubar. Matei para cobrar uma fita. Ele me caguetou [entregou] e eu fui lá, matei mesmo e saí jogado”, (que na gíria marginal quer dizer saiu rápido).
No entanto, uma testemunha afirmou à polícia que viu quando Sabino Freitas pegou o dinheiro do caixa, após esfaquear o comerciante. Sobre a arma do crime, o suspeito disse que jogou no Rio Arareau. Ouvido pela reportagem, o suspeito confirmou ter saído recentemente da penitenciária da Mata Grande, onde esteve recolhido por cerca de 1 ano e cinco meses por envolvimento num roubo. Questionado se estava arrependido pelo crime, Sabino se calou. Por conta da prisão ainda em situação de flagrante, Sabino Freitas poderá responder pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).