O delegado municipal em Sinop, Joacir Batista dos Reis, disse, hoje, não ter conhecimento que estaria sendo investigado pela Polícia Federal, na “Operação Volver”, desencadeada há poucos dias, resultando na prisão de dezenas de pessoas acusadas de tráfico em Mato Grosso, incluindo duas advogadas. Joacir declarou, ao Só Notícias, que estará sexta-feira, em Cáceres, onde atuou desde 2003 até janeiro deste ano, “para ter ciência dos autos. Já mantive contato com a Polícia Federal e vou tomar conhecimento do que está acontecendo. Conversei com o delegado e fui informado que existe citações ao meu nome. Seria de um advogado falando com uma advogada que pediria para interceder junto a mim e liberar alguém que estava preso”, declarou. “Vi em A Gazeta que um advogado ligou para a advogada Luecy (presa, acusada por envolvimento com tráfico) para interceder junto a mim e liberar seu tio que teria atropelado uma pessoa. Neste dia, não era plantão meu”, defendeu-se.
“Presidi a operação Rota Branca e houve inúmeras prisões por tráfico. Este pessoal está preso até hoje. Não existe nenhum outro envolvimento com estas pessoas, a não ser o relacionamento profissional enquanto delegado e as advogadas defendendo seus clientes”, esclareceu.
“Nos 6 anos que estive em Cáceres mantive, na condição de delegado, contatos profissionais com diversos advogados. Estas duas advogadas foram presas acusadas de envolvimento com o narcotráfico tinham acessos aos autos e demais procedimentos como os demais advogados”, emendou. Ele descartou qualquer situação para facilitar a liberação de presos que estavam sendo defendidos pelas advogadas.
O diretor da Polícia Civil, delegado Lindomar Costa, disse hoje, ao Só Notícias, que a diretoria ainda não tem nenhum comunicado oficial da PF sobre o caso. “Vamos buscar informações com a Polícia Federal. Farei uma verificação para ver se há procedência esta informação”, acrescentou.