O Tribunal Regional Federal (TRF) 1ª Região, em Brasília, concedeu liberdade ao major PM Wlamir Luis da Gama Figueiredo, preso quinta-feira (2) durante a Operação Pluma, da Polícia Federal. A decisão foi do desembargador federal Cândido Ribeiro, o mesmo que já havia concedido HC ao ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Adaildon Evaristo de Moraes Costa.
Dos 6 oficiais PMs que tiveram prisão temporária por crime hediondo decretada pela Justiça Federal, 4 continuam presos. São eles: o coronel Elierson Metello de Siqueira, tenente Adalberto da Cunha e Oliveira, capitão Antônio de Moura Netto e capitão Robson Oliveira Curi.
Eles são acusados de ser o braço armado da organização criminosa responsável por grilagem de terras da União e indígenas, confecção de títulos de domínio falsos, invasão de terras, expulsão de assentados, ameaças a fazendeiros e homicídios.
No despacho do juiz Julier Sebastião da Silva consta que o major seria encarregado da arrecadação e repasse da propina ao coronel Mettelo. Também teria ligação com Adário Carneiro Filho, um dos chefes do crime organizado na região do Araguaia, chamado de “Comendador do Araguaia”, em alusão a João Arcanjo Ribeiro.
De acordo com o advogado do major Gama, Edmílson Vasconcelos de Moraes, o major deixou o presídio na noite de quarta-feira (8). No pedido de soltura, o advogado argumentou que a prisão do major era desnecessária, já que ele não representa perigo à sociedade e nem poderia atrapalhar as investigações, além de ser oficial da PM e ter residência fixa.
Na avaliação do advogado, o que as investigações apontam contra o major Gama são especulações e suposições de favorecimento.