Oito pessoas já estão presas acusadas de participarem do esquema liderado pelo empresário Júlio Uemura. As 2 últimas prisões da operação “Gafanhoto”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foram cumpridas ontem. O policial civil Onésimo Martins de Campos, o “Poconé”, foi preso pela Corregedoria da Polícia Civil. Ele já responde a um processo de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele foi preso durante a operação Arrego, em outubro de 2007, acusado de fazer parte da organização criminosa supostamente liderada por João Arcanjo Ribeiro. Onésimo ficou preso por 6 meses.
Também foi preso ontem o ex-policial civil Ailton Fernandes de Oliveira, o “Berimbau”, detido em Chapada dos Guimarães.
Os 2 faziam parte do braço armado da organização criminosa liderada pelo empresário do ramo de hortifrutigranjeiros, do Comercial Uemura. Garantiam o sucesso do esquema de compras desses produtos por meio de empresas fantasmas ou laranjas em vários estados burlando a fiscalização ou passando informações privilegiadas para evitar a descoberta da quadrilha. No total, foram denunciados 5 policiais civis, sendo que 3 participavam de forma menos ativa, conforme o promotor Joelson de Campos Maciel.
Além de “Poconé”, “Berimbau” e Uemura, foram presos René Santos Oliveira, Ronaldo Luiz Mateus, Lupércio Augusto de Campos, Francisco Dias Lourenço “Chicão” e Edivaldo Tavares Vilela. Vinte e três pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-deputado estadual Walter Rabello (PP), acusado de tráfico de influência. Segundo o promotor, as vítimas eram atraídas pelo nome de Uemura. Ele tinha representantes em vários estados. Os golpes iam até R$ 200 mil e só eram descobertos quando os cheques voltavam.