O ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho será julgado amanhã em Rondonópolis pelos assassinatos dos irmãos Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo. Os crimes ocorreram em 1999 e 2000. O júri já foi desmarcado 2 vezes no mês passado. Hércules está preso na Penitenciária Federal de Rondônia e depende da escolta feita pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
O julgamento deveria ter ocorrido no dia 8 de setembro, mas foi remarcado para o dia 10 do mesmo mês pelo Depen, que alegou impossibilidade de transferir o acusado na daquela data.
Em seguida, o júri popular foi novamente adiado. Desta vez, o juiz João Alberto Duarte, por meio de um despacho, afirmou que a mudança era necessária porque não havia conseguido intimar o advogado de Hércules, Jorge Godoy, que contestou a versão.
Hércules, juntamente com o ex-PM Célio Alves de Souza, são acusados pelo Ministério Público de terem sido contratados para executar as vítimas por conta de uma disputa de terras naquela cidade.
O advogado Ildo Roque Guareschi também responde processo por este caso. Entretanto, Célio e Guareschi recorreram da decisão de serem levados a júri popular e aguardam julgamento do recurso. Ainda são acusados a agropecuarista Mônica Marchett Charafeddine, o pai dela, Sérgio João Marchett, e o ex-capitão da PM Marcos Divino Teixeira da Silva. O processo contra eles foi desmembrado e não consta no site do Tribunal de Justiça.
Brandão foi assassinado em 1999 e, no ano seguinte, o irmão dele. A motivação das mortes seria uma área que pertencia aos irmãos Araújo e foi negociada com os Marchett. Só as primeiras prestações teriam sido pagas. Os irmãos entraram na Justiça para desfazer a venda. Os Marchett também recorreram para pagar o valor que os Araújo recusavam e ficar com a terra. Durante a tramitação dos processos, os irmãos foram mortos.