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Sindicato aponta que mais de 76% dos postos foram assaltados em Cuiabá-VG

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O número de assaltos a postos de combustíveis tem aumentado em Mato Grosso, principalmente na Grande Cuiabá. Toda semana surgem notícias de violência nesses estabelecimentos. Tais informações fazem o Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso) chegar a números assustadores. No ano passado, 76% dos postos de combustíveis foram assaltados ou furtados, ou seja, apenas 24% contaram com a sorte, já que nem mesmo segurança privada inibe os delinquentes.

O primeiro semestre deste ano reforça o escuro cenário. O relatório abaixo é uma amostra da frequência com que ocorrem os delitos. Foram entrevistados pelo Sindicato 29 proprietários e gerentes que afirmaram terem sido assaltados 101 vezes em 42 postos. Na última segunda-feira, por exemplo, proprietários e funcionários do Posto Vip, localizado na Avenida Miguel Sutil, ao lado do supermercado Modelo, sentiram a tensão de um assalto à mão armada.

Por volta das 9h, os proprietários chegaram ao estabelecimento. Pouco tempo depois de entrarem no escritório ouviram o anúncio do crime. Com a arma apontada para suas cabeças todos foram obrigados a se deitarem no chão. O proprietário recebeu uma coronhada na nuca. Visivelmente nervosos e sem esconder o rosto, dois ladrões, que chegaram de motocicleta, exigiam o dinheiro do cofre. Pelo menos dois estavam fora do escritório a fim de dar cobertura aos demais ladrões. Os bandidos reviraram tudo em busca da chave do cofre, mesmo após aviso do proprietário de que o instrumento estava em poder da empresa de segurança. Levaram pouco dinheiro, celulares e objetos pessoais como correntes e anéis.

O proprietário do posto Vip, Paulo Emboava, gasta muito com segurança e mesmo assim se sente inerte diante da agressividade dos assaltantes. "O sentimento de impotência fica latente. Minha equipe está cada vez mais assustada. Além do prejuízo financeiro, fica o abalo emocional", disse o empresário.

Todos os postos da rede fazem a coleta e transferência dos recursos ao banco por meio de empresa de transporte de valores. Funcionários não têm acesso ao cofre boca de lobo. Esse é um procedimento que muitos postos utilizam como forma de amenizar as perdas. Emboava, por exemplo, gasta com essa ação R$ 5 mil ao mês. Destina outros R$ 20 mil para vigilância privada. Vai gastar mais R$ 40 mil em dezenas de câmaras a serem instaladas no posto assaltado no último dia 5, além de taxas mensais para manter vigilantes. "Lembro que há 10 anos, eu só tinha um posto, o Vip da Praça 8 de abril. Antes ele funcionava 24 horas, o que não é possível hoje, devido a falta de segurança", relatou. "Gastamos tanto, sem contabilizar os impostos pagos, e mesmo assim não estamos ilesos. Vai chegar um momento em que seremos obrigados a acionar o Estado e exigir retorno dos nossos custos", acrescentou.

Os donos de postos abrem mão de boa parte de seu lucro com investimento em equipamentos e contratação de segurança privada. "Infelizmente, as rondas policiais não atendem a demanda Empresários e frentistas revelam que estão assustados e com medo de serem vítimas desses crimes", avalia o presidente do Sindicato, Aldo Locatelli.

O sindicato já promoveu diversas ações para minimizar a violência nos postos de combustíveis, inclusive com entrega de relatórios para que a Polícia identifique as principais características das ações dos bandidos. Há também uma grande preocupação com funcionários, que são orientados a não reagir.

 

 

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