A Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública recebe, hoje, o perito e inspetor da Polícia Metropolitana do Japão, Naoto Honda. O objetivo da visita é cumprir o acordo de cooperação técnica firmado entre o Governo do Japão, Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Ministério de Justiça, e Sejusp. Amanhã, a Coordenadoria de Polícia Comunitária realizará um seminário para troca de experiências de polícia comunitária entre o Japão e Mato Grosso, das 8h às 12h, no auditório do Comando Geral da Polícia Militar, na avenida do CPA, em Cuiabá.
O encontro será também com profissionais da segurança pública e membros da sociedade civil para discutir a filosofia de Polícia Comunitária. Das 14h às 18h, o inspetor visitará as Bases Comunitárias de Segurança Pública do bairro Ribeirão do Lipa e Pedregal, em Cuiabá, além da sede do programa social Rede Cidadã. Na sexta-feira ele vai a Chapada dos Guimarães e Poconé onde conhecerá os Conselhos Comunitários de Segurança Pública das duas cidades.
No Japão é utilizado o método Koban de policiamento comunitário. Três policiais trabalham por turno numa base e tem como missão: ouvir opiniões dos moradores a respeito da segurança, participar das atividades da população local e garantir a segurança geral. Há 6.185 Kobans, com o efetivo de 35% dos policiais. Com o método, 85% das ocorrências do país são solucionadas. No Koban apenas um policial fica responsável pela guarda da base. A equipe também produz um informativo sobre as ações de polícia comunitária, que fica à disposição da população local afixado num quadro de avisos. Os policiais comunitários japoneses ainda desenvolvem campanhas de combate ao crime, atende ocorrências e orienta a comunidade na prevenção de crimes de trânsito.
O grande diferencial do sistema é a ação mais eficaz na orientação e prevenção ao crime. Em Mato Grosso, a filosofia de Polícia Comunitária é aplicada em três frentes: na Base Comunitária de Segurança Pública, que reúne os serviços integrados das instituições da segurança pública, além de policiamento ostensivo; nos Conselhos Comunitários de Segurança Pública, entidades de apoio às ações da segurança pública no Estado; além de cursos de promotor e multiplicador de polícia comunitária, ofertado pela Senasp para capacitação dos profissionais da segurança pública.