A polícia da capital está investigando duas mortes, ocorrida esta manhã. O médico Afrânio Maia de Almeida, 33 anos, matou a filha, Maria Clara Ferraz Maia, 6 anos, atirou na ex-namorada Luciane Conceição Oliveira Ferraz Ferrassoni, 28 anos, e depois se matou. A tragédia aconteceu no bairro Ribeirão do Lipa, num condomínio de classe média. Luciane está internada numa semi UTI do Pronto-Socorro de Cuiabá. Ela foi atingida na região lombar, de raspão, e está em estado de choque. A primeira informação é que não corre risco de morte.
A polícia passa a investigar a versão que o médico foi ao apartamento da ex-namorada, ontem à noite, por volta das 20 horas, e teria visto o carro do namorado dela. Hoje de manhã, teria retornado ao local, armado, discutido com a Luciane e, em seguida, feito os disparos. A criança estaria no quarto quando foi alvejada, com um tiro, na cabeça. Em seguida, ele teria se suicidado.
Não foi confirmado quanto tempo Afrânio e Luciane estavam separados. Ele era ginecologista e trabalhava em dois hospitais, na capital. O corpo dele será sepultado hoje, no final da tarde.
A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa investiga o caso. A primeira hipótese é que seja crime passional.
A família do médico divulgou, no início da tarde, a seguinte a nota:
“Neste momento tão delicado de nossas vidas não há palavra que consiga confortar nossos corações. De nada adianta para nós apelar para a racionalidade a fim de buscar justificativas para o triste acontecimento. Afrânio era um filho amoroso, pai carinhoso, irmão atencioso, médico dedicado. Todas as vezes que mencionava a pequena Maria Clara era com orgulho e amor. Não entendemos os motivos que o fizeram crer ser a morte a saída para qualquer problema.
Hoje, choramos pela perda de Afrânio e Maria Clara. Nossa família busca em Deus o conforto para esse sofrimento. Neste momento apenas pedimos que se unam a nós em orações. De uma só vez, perdemos duas vidas que nos farão muita falta”.
(Atualizada às 14:21h)