A presidente do Instituto Idheas, Maria Guimarães Bueno de Araújo, ainda é considerada foragida pela Polícia Federal. Apontada como uma das pessoas que teriam participado dos desvios de R$ 51 milhões da Funasa, ela havia prometido se apresentar no último sábado (10), porém, continua sendo procurada desde o dia 7.
De acordo com o advogado Huendel Wender, a defesa ainda aguarda o melhor momento para apresentação de Maria Guimarães, que nega qualquer relação com as denúncias investigadas pela PF e que levaram à decretação de prisão temporária de 31 pessoas em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e Brasília.
Maria Guimarães deveria ter se apresentado no sábado, ou seja, um dia antes de vencer a prisão temporária decretada pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva. O problema é que, no mesmo dia, o juiz plantonista José Pires da Cunha prorrogou 27 das prisões temporárias até a próxima sexta-feira (16), inclusive da presidente do Idheas, que é uma Organização Social de Interesse Público (Oscip) e tem oficialmente o nome de Instituto de Desenvolvimento Humano e Social.
A defesa de Maria Guimarães alega também o fato de que, poucos dias antes de deflagrada a operação Hygeia, ela denunciou irregularidades nos contratos da instituição. Segundo as investigações, sob comando dela o Idheas firmou parcerias suspeitas com as prefeituras de Tangará da Serra e Timóteo (MG) para prestação de serviços na área de saúde. O Instituto Creatio também é investigado.