As polícias Civil e Militar reuniram a imprensa na manhã de ontem, no auditório do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) para apresentar dois dos quatro suspeito de envolvimento no tiroteio ocorrido no final de semana, na Lions Internacional, e que vitimou o empresário Diego de Oliveira Alencar Lima, de 26 anos e feriu, sem gravidade, o segurança de uma casa noturna das imediações. Segundo o delegado que preside o caso, Antônio Carlos Araújo, a polícia identificou os cinco ocupantes que estavam no veículo Golf. No dia do crime, um deles desceu e efetuou os disparos que atingiram mortalmente Diego Alencar. Dos quatro presos, dois são menores de idade e têm 17 anos.
No entanto, apenas os dois maiores, Geovane Cardoso da Silva, de 22 anos, morador no Jardim Pindorama, que está sendo apontado como o responsável pelos disparos e Alex Andrade Marques, de 20 anos, um dos ocupantes do veículo, foram apresentados à imprensa. Segundo o delegado, tanto Alex Andrade como os dois menores E.F.L. e A.F.de L. R. teriam, em depoimento, apontado Geovane Cardoso como sendo o atirador.
A quinta pessoa que estaria conduzindo o veículo no momento dos fatos, identificada como Alexandre Neves Padilha, de 19 anos de idade, está foragida. Quanto ao veículo e a arma utilizados no crime ainda não foram localizados.
Conforme o delegado, a arma teria sido atirada por Geovane nas águas do Córrego Arareau por orientação Alexandre Padilha. Na avaliação do delegado Araújo, a apreensão do veículo é necessária às investigações pois pode esclarecer as versões apresentadas para o caso. É que existe contradição nas duas versões apresentadas até agora, tanto pelas quatro pessoas envolvidas na briga e ouvidas no início das investigações como dos suspeitos. Um grupo acusa o outro pelo início da confusão.
Ao ser apresentado à imprensa, Geovane Cardoso negou as acusações da polícia e afirmou que só falaria do caso em juízo. Alex Andrade também negou envolvimento no caso.
O delegado Araújo disse à imprensa que Geovane, informalmente, confessou o crime. Mas, orientado pelo seu advogado, resolveu se calar e só falar em juízo.
Por conta da ausência do atestado de óbito, bem como da solicitação de exame de necropsia, atestando oficialmente a morte de Diego Alencar até aquele momento, o delegado acabou autuando os dois maiores em flagrante por dupla tentativa de homicídio qualificada: motivo fútil e sem possibilidade de defesa, corrupção de menores e concurso de pessoas.
Os menores foram apreendidos e autuados em flagrante por ato infracional de dupla tentativa de homicídio qualificada e concurso de pessoas e foram encaminhados à Promotoria da Infância e Juventude. Como trata-se de réus presos, o delegado terá 10 dias para concluir o inquérito. No entanto, as investigações continuam e ele afirmou que vai representar pela prisão preventiva do acusado.