A juíza da Primeira Vara Criminal de Várzea Grande, Maria Erotides Kneip Baranjak, decretou a prisão preventiva do investigador de polícia João Osni Guimarães, conhecido como “João Caveira”. O investigador é acusado da prática de crime de tentativa de homicídio. Ele teria disparado mais de 10 tiros contra um automóvel, no bairro Santa Izabel, em Várzea Grande, em que estavam três pessoas de uma mesma família, sendo uma delas, uma criança de sete anos, no último dia 12 deste mês. A prisão preventiva já está sendo cumprida, pois o acusado apresentou-se voluntariamente há poucos instantes, ao tomar conhecimento do decreto de prisão prolatado nesta quinta-feira.
De acordo com a decisão, a prisão foi decretada com o objetivo de garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e a credibilidade da justiça. A juíza Maria Erotides Baranjak pontuou que a ordem pública foi afrontada diante da “ação truculenta do acusado que deveria por dever legal, manter a ordem e não afrontá-la, disparando mais de dez vezes contra um automóvel onde estava uma família absolutamente indefesa”.
A magistrada explicou que, conforme os documentos apresentados no pedido da prisão preventiva, o fato do acusado ser investigador de polícia teria intimidado os vizinhos e testemunhas do crime, o que poderia atrapalhar a condução dos trabalhos e em conseqüência a aplicação da lei penal. Conforme a decisão da magistrada, por ser integrante da Polícia Civil, o investigador deverá ser recolhido, obrigatoriamente, na sede do Comando de Operações Especiais (COE), onde deverá permanecer.
Quanto ao filho do investigador, apelidado conforme os autos de “caveirinha”, que estaria no local do crime com o seu pai, a magistrada ponderou que não existiria nos autos elementos suficientes para embasar um decreto preventivo, já que não constaria qualquer tipo de informação quanto à ameaça a testemunhas e participação no crime.